Rali Paris-Dacar completa 25 anos

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Por Agencia Estado
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Em 1977, o francês Thierry Sabine se perde no Saara durante o Rali Abidjan-Nice. Resgatado por acaso por um pequeno avião monomotor, Sabine volta à França obcecado pelo deserto e com um único objetivo em mente: levar cada vez mais pessoas a atravessarem aquela imensidão de areia. Imagina um percurso que parte da Europa, cruza o deserto e termina em Dacar, no Senegal. Estava criado o Paris-Dacar, o mais longo e difícil rali do mundo. Seu lema: "Um desafio para os que vão. Um sonho para os que ficam." O percurso do Paris-Dacar muda a cada ano (já variou de 8,5 mil a 15 mil quilômetros) e só é revelado aos competidores na hora da largada. Ao longo de 24 edições, vários "aventureiros" já pagaram com a vida a coragem de enfrentar o desafio. Entre eles, o próprio Sabine, morto em 1986 num desastre de helicóptero. Em dezembro de 78, 170 competidores largaram para os 10 mil km da primeira edição do Paris-Dacar. O campeão foi um jovem de 21 anos, Cyril Neveu, com uma moto Yamaha 500 XT. Em 2003, são 478 inscritos - entre carros, motos, caminhões, quadriciclos e veículos de assistência. O roteiro, com percurso de 8.552 km, está bastante modificado. A largada, no dia 1º de janeiro, será em Marselha, no Sul da França. A chegada, em Sharm El Sheikh, às margens do Mar Vermelho, no Egito. O rali terminará no dia 19, após passar por França, Espanha, Tunísia, Líbia e Egito. O Brasil será representado pela Equipe Petrobras Lubrax, formada pelos pilotos André Azevedo, Jean Azevedo, Klever Kolberg e Lourival Roldan, único time inscrito nas três categorias em disputa: carros, motos e caminhões. Esta será a 16ª participação consecutiva da equipe no Paris-Dacar, em que já obteve 15 pódios, com cinco vitórias. Jean Azevedo correrá com uma moto KTM LC4 660 em busca do bicampeonato na categoria Production e ainda poderá trazer o troféu na Moto Maratona. Jean, que pela quinta vez corre o Dacar, voltou este ano para a Equipe Petrobras Lubrax e conquistou o tricampeonato do Rali dos Sertões e o bicampeonato no Brasileiro de Rali Cross Country. Já André Azevedo busca a vitória na classificação geral na categoria caminhões ao volante de um Tatra. Correrá com os checos Tomas Tomecek e Mira Martinec, engenheiros da fábrica da Tatra. Este ano, André venceu o Rali dos Sertões com um caminhão Mercedes-Benz 2428, tornando-se o único piloto com quatro títulos na maior prova off road da América Latina. Nos carros, Lourival Roldan estréia na competição como navegador de Klever Kolberg, a bordo de um Mitsubishi Pajero Full 3.2 Diesel. Depois de competir por nove anos com motos - foi campeão da categoria Motos Maratona em 93 -, Klever pilotará um carro pela sétima vez (em 2002, foi vice-campeão nos carros Super Production Diesel e oitavo na geral).

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