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Renault se empolga com a boa fase

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Por Agencia Estado
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Em 1994, o diretor-geral da equipe Benetton chamava-se Flavio Briatore. Seu principal piloto era o alemão Michael Schumacher, de 25 anos e ainda uma jovem estrela ascendente na Fórmula 1. Este ano, o diretor-geral do mesmo time, mas desde 2002 com o nome Renault, é também o italiano Briatore e, como naquela época, conta com um novo talento, o espanhol Fernando Alonso, de 23 anos. A comparação faz ele acreditar que a história pode se repetir, rendendo o título mundial, como aconteceu daquela vez. Depois do primeiro lugar de Alonso e da Renault, domingo, no GP da Malásia, a segunda vitória da equipe em duas etapas disputadas nesta temporada, Briatore afirmou: "Alonso pode assumir o papel de Schumacher e nós o da Benetton em 1994." Schumacher dominou a temporada da 94, conquistando seu primeiro título na Fórmula 1 - foi também o primeiro da Benetton. E, assim como está acontecendo agora em 2005, a equipe venceu as duas primeiras etapas, no Brasil e no Japão. "Por favor, não vão dizer que falei que Alonso é o novo Schumacher, apenas que Alonso pode seguir a mesma trajetória de Schumacher na conquista do nosso primeiro Mundial", fez questão de dizer Briatore, que é também empresário do piloto espanhol. Com a terceira colocação na corrida de abertura do campeonato, dia 6, em Melbourne, e a espetacular vitória no circuito de Sepang, domingo, Alonso já soma 16 pontos, líder absoluto da temporada 2005 da Fórmula 1. E é seguido por seu companheiro na Renault, o italiano Giancarlo Fisichella, que ganhou na Austrália mas que não marcou pontos na Malásia por envolver-se num acidente com Mark Webber, da Williams. Ao citar Alonso como um candidato ao título, Briatore não excluiu Fisichella. "Esse é o resultado de termos, na minha visão, a dupla de pilotos mais forte da Fórmula 1", disse o dirigente da Renault, que também é empresário do italiano de 32 anos que pilota para sua equipe. "Vejo, sim, muitas semelhanças entre o momento da Renault, hoje, e o da Benetton, em 1994. Temos, por exemplo, o melhor carro do início da disputa, criado por um grupo jovem, determinado", afirmou Briatore. "Além disso, agora nossos principais adversários experimentam um instante de dificuldade." "O importante é que temos, hoje, uma base excepcional para poder ser trabalhada. Não são os problemas da Ferrari que me fazem acreditar ser possível reeditar o campeonato de 1994, mas a qualidade dos nossos pilotos, do carro e a nossa capacidade de torná-lo ainda mais veloz", garantiu Briatore. A Renault nunca foi campeã com sua própria equipe, mas chegou ao título de contrutores com a Williams em 1992, 1993, 1994, 1996 e 1997, até retirar-se da competição. Seus motores criaram referência na Fórmula 1. Agora, a escuderia tem uma chance real de dar aos franceses o Mundial como time completo, o que não conseguiu na sua primeira passagem pela Fórmula 1, de 1977 a 1984. "Quando assumi a Renault, anunciei que nossos planos previam disputar o título em até cinco anos. Esta é a minha quarta temporada", lembrou Briatore. "Temos motivos para acreditar que no fim do ano Alonso ou Fisichella, e até quem sabe os dois, estarão lutando pelo campeonato."

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