Publicidade

Rio também perde o GP de Moto

Assim como fez com a Indy, a prefeitura da cidade se recusou a cumprir o contrato e não liberou a verba prevista para a realização da prova, marcada para o dia 3 de novembro.

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil vai protagonizar mais uma cena vergonhosa no mundo esportivo, neste fim de semana, com o cancelamento oficial do Grande Prêmio Rio de Motovelocidade, previsto para 3 de novembro. O diretor-presidente da Vadam Internacional, Moacyr Galo, que comercializa os direitos do evento no País, viajou para a Espanha, onde se reúne nesta sexta-feira com os organizadores mundiais do GP e com dirigentes da Federação Internacional de Motovelocidade (FIM) para decidir o futuro da prova brasileira. "Ainda tenho um fio de esperança, mas é muito difícil. Não há mais tempo para organizar o GP.?? Moacyr Galo confirmou que não chegou a um entendimento com a prefeitura do Rio e "somente por um milagre?? haverá corrida. Depois de perder os direitos de sediar a F-Indy, a prefeitura da cidade também se recusou a cumprir o contrato para a realização do GP de Motovelocidade e usou como álibi a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "A prova está suspensa porque a forma de pagamento é através de carta de crédito, que não podemos abrir, segundo a LRF??, explicou o procurador-geral do Rio, Julio Rebello Horta. Pelo contrato, assinado em 17 de fevereiro de 1997, a prefeitura do Rio assume o compromisso de pagar anualmente US$ 3 milhões à empresa Two Wheels Promotions pelo evento. Dois pagamentos de US$ 1,5 milhão deviam ser feitos: um no dia 7 de março e o outro no sétimo dia posterior à realização do GP. Além disso, terá de pagar 17% referentes a impostos (sobre os US$ 3 milhões) e US$ 700 mil para obras no autódromo de Jacarepaguá, totalizando US$ 4,2 milhões. O contrato se refere à realização das provas nos anos de 1997 a 2001. No ofício GP nº 078, de 18 de janeiro de 2001, o prefeito do Rio, César Maia (PTB), comunicou à Vadam que, em face da Lei de Responsabilidade Fiscal, estava impedido de honrar os compromissos do contrato. Segundo Moacyr Galo, a prefeitura quer renegociar o contrato, mas ainda não lhe fez uma proposta formal. "Depois do dia 15, o GP fica inviável operacionalmente. Isto tudo é um jogo político que estão fazendo. Enviei uma proposta para reduzir os custos em R$ 739 mil, mas eles me mandaram um bilhete manuscrito que nem sei se é verdadeiro."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.