Rio vai sediar GP de Motovelocidade

Depois de muitos desencontros, o prefeito César Maia e a empresa que comercializa os direitos da prova no Brasil vão anunciar na próxima semana a realização do evento.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de ter sua realização seriamente ameaçada, o Grande Prêmio Rio de Motovelocidade, previsto para o dia 3 de novembro, será confirmado, na próxima semana, pelo prefeito da cidade, César Maia, e pelo diretor-presidente da Vadam Intenacional, Moacir Galo, que comercializa os direitos do evento no Brasil. Uma minuta do novo contrato para viabilizar a prova está, desde segunda-feira, com o procurador-geral do município, Julio Rebello Horta. Segundo Galo, na sexta-feira, o prefeito deu o "ok" para a realização do evento. "A prefeitura vai pagar US$ 2, 65 milhões, ainda este mês, e ficarei responsável pela implementação das obras no autódromo, além de outros custos", revelou o diretor-presidente da Vadam. O pagamento será depositado no Brasil, o que diminuirá a incidência de impostos. O procurador-geral do município do Rio informou que ainda não analizou a nova minuta, mas explicou que, se ela estiver de acordo com o que foi negociado com Maia, não haverá problemas. "Recebi orientação do prefeito que, aparentemente, chegou a um acordo", explicou Rebello. Com a realização da prova neste ano, o Brasil assegura uma vaga no calendário de 2002. Porém, como ainda não existe um contrato com uma cidade para o evento acontecer no próximo ano, a data do GP será estipulada pelos organizadores mundiais da competição. Segundo Galo, além do Rio, São Paulo continua na disputa para sediar o evento. A briga entre a prefeitura do Rio e a Vadam Internacional teve início quando no ofício GP nº 078, de 18 de janeiro de 2001, César Maia anunciou que em face da Lei Complementar nº 101/2000 (Responsabilidade Fiscal-LRF), combinada com a Lei nº 10.028, de 10 de outubro de 2000, estava impedido de honrar os compromissos do contrato, por motivo de "força maior", baseado na LRF. Inicialmente, pelo contrato assinado em 17 de fevereiro de 1997, referente aos anos de 1997 e 2001, a prefeitura do Rio deveria pagar anualmente US$ 3 milhões, mais 17% de impostos, e destinar US$ 700 mil para o Autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, zona oeste, local da disputa, totalizando US$ 4,2 milhões, para o GP ser viabilizado. Para reduzir os valores contratuais, o prefeito do Rio concordou em "abrir mão" de algumas regalias para seus convidados, segundo Galo. Dentre esses mordomias estavam um jantar para 500 pessoas e, no dia do GP, uma recepção para 200 convidados. "Com a prefeitura pagando US$ 2, 65 milhões, o restante será cortado em eventos que não precisarei organizar mais. O que ficar faltando, obterei com patrocinadores", frisou Galo, que estimou o novo custo do evento em cerca de US$ 3,8 milhões.

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