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Rodízio de carne é sensação na F-1

Por Agencia Estado
Atualização:

Pergunte sobre o Brasil para um estrangeiro e ele, sem pensar muito, vai falar do futebol, do carnaval carioca e da mulher. Vá a Interlagos, visite os boxes das equipes e faça o mesmo questionamento. A resposta será diferente. O que mais atrai pilotos, engenheiros, mecânicos e jornalistas do exterior são as churrascarias de São Paulo, mais precisamente as que fornecem sistema de rodízio. Algo que praticamente não existe na Europa, de onde sai boa parte dos integrantes do milionário circo da Fórmula 1. Quem for sábado ou domingo à noite a um desses badalados restaurantes de São Paulo, vai, fatalmente, cruzar com algum representante da Ferrari, McLaren, BAR, Williams... De uns anos para cá, o programa virou moda para os mais famosos, como Michael Schumacher e Juan Pablo Montoya, e também para os mais simples, que pouco aparecem, como ajudantes de mecânico. Um que considera obrigatório comer carne na semana do GP do Brasil é o colombiano Juan Pablo Montoya, que reside em Mônaco com a mulher, Connie. O casal foi, nos últimos dias, ao restaurante Barbacoa. O inglês Michael Broughton, relações públicas da Lucky Strike, proprietária da BAR, se diz "louco" pelos rodízios de São Paulo. Até a tarde desta sexta-feira, ele havia ido duas vezes ao Fogo de Chão e já planejava uma terceira visista antes de deixar a América do Sul. "As carnes são uma delícia, é impossível vir ao Brasil e não ir a uma churrascaria", admitiu. Quem também pensa assim é o piloto japonês Takuma Sato, da BAR. "O churrasco brasileiro é tão bom quanto o nosso sushi", comparou. Barato - Na sala de imprensa, os funcionários brasileiros são, com freqüência, questionados sobre as melhores casas do gênero pelos repórteres estrangeiros. Além de consideraram a qualidade do alimento acima da média, ainda festejam o preço, bem barato para o padrão europeu, cerca de R$ 60,00 por pessoa ou pouco mais de 15 euros. Aleixo Ongaratto, um dos sócios do Fogo de Chão, confirmou que, na semana da corrida em São Paulo, há aumento de 30% a 40% na freqüência do restaurante. "Todas as equipes vêm aqui. Para se ter uma idéia, já estamos com reservas feitas para o dia todo de amanhã (sábado) nas nossas três unidades. Por isso, nem há mais lugar para reserva", revelou. Há, como sempre, as exceções. O piloto húngaro Zsolt Baumgartner, da Minardi, lembrou que já foi ao rodízio uma vez, mas parou por aí e preferiu mudar de opção. "É comida demais, só como um pedaço de carne, por isso, não vou mais. Prefiro escolher pelo cardápio", contou. Baumgartner, que soma apenas 1 ponto na temporada, declarou, de forma elegante, achar injusto falar apenas do churrasco. "Aqui há mulheres bonitas e um futebol de primeira", afirmou. "Gosto muito do Ronaldinho Gaúcho e do Kaká."

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