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Rubinho e Massa, os melhores da prova

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Por Agencia Estado
Atualização:

Que foi a melhor corrida dos dois brasileiros, este ano, é inquestionável. Rubens Barrichello, da Ferrari, largou dos boxes e terminou o GP do Canadá no pódio, em terceiro, depois de ultrapassar vários adversários. Felipe Massa, da Sauber, era o 11.º no grid. Ao fim das 70 voltas, conseguiu o quarto lugar, por conta de vencer os duelos com a dupla da Williams, Mark Webber e Nick Heidfeld, dentre outros. "Tenho mais de 200 GPs e ainda estou lidando com situações novas, como a de hoje, largar dos boxes", comentou Rubinho, em festa com sua performance e, quem sabe, desdenhando os profetas do apocalipse, que o dão já como dispensado pela Ferrari após o final do campeonato. "Precisei esperar o início da corrida para poder reabastecer o carro e mudar minha estratégia. Ao largar dos boxes não podia parar ao mesmo tempo dos outros, não me acrescentaria nada." Pesado, lutou para ganhar algumas colocações nas voltas iniciais. "Outro problema foi perder o rádio. Eu os ouvia e eles não. Estabelecemos um código", explicou. "Um toque meu no botão de acionamento do rádio significava sim. Dois, não." Foi assim que, antes dos dois pit stops (voltas 31 e 47), que definiu se desejava alterar a configuração aerodinâmica, aumentar ou reduzir a pressão do aerofólio dianteiro. "Estava sem forças no pódio em razão de o sistema que me permitia beber água deixar de funcionar." Como Kimi Raikkonen, o vencedor, Rubinho reconheceu ter sido ajudado com a entrada do safety car na 47.ª volta. "Antecipei minha segunda parada e em seguida ultrapassei o Felipe Massa e o Mark Webber na curva 1, o que se mostrou decisivo para meu resultado." Não concordou quando lhe disseram que a dupla posição no pódio significava a volta da Ferrari às primeiras colocações. "Não dá para dizer ainda, a Renault e a McLaren têm carros mais velozes que o nosso conjunto." Rubinho é o 7.º no campeonato, com 21 pontos. Felipe Massa afirmou logo depois da corrida: "Eu e a Sauber precisávamos de um quarto lugar convincente como este." Até brincou ao falar da luta com Webber, durante muitas voltas. "Ele errou umas seis vezes. Eu olhava no retrovisor e via Webber bem atrás de mim. De repente ele sumia. Passavam-se algumas voltas e lá estava ele de novo." Os dois decidiram fazer o segundo pit stop na mesma hora, na 48.ª volta, para aproveitar a entrada do safety car. "O Webber me passou nesse instante, mas logo em seguida errou e eu retomei a posição." As 20 voltas finais foram, como definiu, "as piores que já teve" na Fórmula 1. "Meus pneus traseiros estavam muito desgastados, manter o Webber atrás não foi fácil." Elogiou o carro da Sauber, equipe que, sem recursos, não experimenta grandes novidades a cada etapa, como a Williams. "Estávamos rápidos e constantes." Na última volta Webber ainda tentou ganhar o quarto lugar. Massa pilotou na reta controlando o adversário pelos espelhos, a centímetros da sua traseira. Freou sem olhar para a frente. "Ali, na última curva, na última volta ele não passaria de jeito nenhum, teria de bater se quisesse me ultrapassar." Massa chega a 7 pontos na classificação, dois a mais do que seu companheiro, Jacques Villeneuve, nono na prova. É um piloto em alta, hoje.

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