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Rubinho e Schumacher marcam gols

Por Agencia Estado
Atualização:

Rubens Barrichello já conseguiu levantar a torcida brasileira na semana do GP Brasil de Fórmula 1, antes mesmo do início dos treinos livres. Foi na noite desta quarta-feira, no Palestra Itália, em partida beneficente entre o Palmeiras e o time Criança Esperança, que contou com pilotos, artistas e atletas profissionais. O piloto brasileiro da Ferrari, mesmo sem nenhuma intimidade com a bola, marcou o primeiro gol do confronto vencido pelos palmeirenses por 5 a 3. Domingo, no entanto, em Interlagos, não terá a mesma facilidade que os zagueiros lhe deram em campo. Michael Schumacher, que também fez seu gol, prometeu dificultar ao máximo a vida do colega de equipe, que sonha com o primeiro triunfo da carreira em casa. "Espero fazer na corrida como aqui, entrar confiante e marcar", declarou Rubinho, eufórico com a atuação em campo. O piloto brasileiro, no entanto, só deixou sua marca por causa da colaboração da defesa palmeirense, que preferiu deixá-lo livre. Pouco antes, ele havia saído na cara do gol de Diego, mas fez feio. Demorou tanto para chutar que acabou sendo facilmente desarmado pelo lateral Baiano. Rubinho jogou apenas metade do primeiro tempo. A partida, que terá a arrecadação destinada a crianças carentes, recebeu apenas 4.968 pagantes - com renda de R$ 72.649,00 -, mas foi, no mínimo, uma boa diversão para os espectadores, apesar do frio de cerca de 14ºC. O primeiro momento de vibração foi com Renato Aragão, o Didi. O comediante recebeu uma bola na esquerda, mas tropeçou. Os maiores aplausos foram para Ademir da Guia, que, vestindo a camisa 10 palmeirense, mostrou, em poucos minutos, ainda saber tratar bem a bola. A grata surpresa foi o italiano Giancarlo Fisichella, da Sauber, autor do segundo gol do Criança Esperança. Demonstrou ter habilidade e força no chute. Magrão, que jogou contra o Palmeiras, preferiu dar passes em vez de chutar a gol. Antes do jogo, dissera não ter coragem de balançar a rede de sua equipe. Schumacher, contudo, não pensou duas vezes antes de atirar para o gol de Diego. Em belo arremate, acertou o travessão do goleiro palmeirense. O piloto alemão, por sinal, é bem melhor que o colega de Ferrari não só dentro das pistas, mas também com a bola nos pés. Antes do intervalo, o Palmeiras resolveu evitar o vexame e, sem muito trabalho, empatou, com Baiano e o cantor Daniel, que usou a camisa 9 da equipe de coração. As meninas, na arquibancada, gritavam a cada vez que o perna-de-pau Luciano Huck, da Globo, pegava na bola. Foram poucas. E iam ao delírio com as jogadas, raras, do cantor Felipe Dylon, que atuou com a 11 do Palmeiras. Os fanáticos palmeirenses, por outro lado, não perderam a oportunidade de vaiar o treinador Estevam Soares, que tirou Ademir da Guia na metade do primeiro tempo. "Burro, burro", gritaram alguns torcedores. O Palmeiras, com vários profissionais em campo, abriu vantagem de 5 a 2 (gols do ator Alexandre Slavieiro, de Malhação, e dos reservas André Rocha e Ricardinho). Pouco antes do fim, porém, o momento principal da festa. Pênalti para o time de Schumacher. Meio desambientado, o alemão saiu de perto da bola, dando a entender que não faria questão nenhuma de cobrar a penalidade. Os companheiros o chamaram com insistência. Schumacher, então, não desperdiçou a oportunidade e cobrou com perfeição, sem chance para o goleiro Bruno, reserva do Palmeiras: 5 a 3, placar final. O lance levou o público ao delírio e satisfez o piloto, que havia tentado por várias vezes deixar sua marca. Depois do abraço dos colegas, apesar da derrota, e do jogo terminado, Schumacher entrou no helicóptero e voltou para o Hotel Transamérica. Só faltou a vitória, que ele promete conseguir domingo.

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