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Rubinho livre para vencer GP do Brasil

O piloto brasileiro descarta qualquer possibilidade de ?marmelada? no circuito de Interlagos.

Por Agencia Estado
Atualização:

O novo regulamento da Fórmula 1 proíbe ordens de equipe a fim de se evitar situações de desgaste extremo da sua imagem como no ano passado no GP da Áustria, quando Rubens Barrichello foi obrigado a dar passagem para Michael Schumacher vencer. Os dois pilotos da Ferrari podem no fim de semana lutar pela vitória no 32º GP do Brasil de Fórmula 1, em Interlagos, e estão empatados na classificação, em terceiro, com 8 pontos. Barrichello lembrou nesta segunda-feira, durante entrevista coletiva, ao lhe perguntarem se daria passagem para o alemão na prova: "A Ferrari estaria infringindo as novas regras." Se Barrichello estiver com a razão, ao acreditar que nada será feito caso lidere com Schumacher em segundo, as chances de o Brasil dar seqüência à série de conquistas no terceiro ano de cada década são boas. Os representantes do País na Fórmula 1 venceram a edição de 1973, com Emerson Fittipaldi, da Lotus, 1983, com Nelson Piquet, da Brabham, no Rio de Janeiro, 1993, com Ayrton Senna, da McLaren, e agora pode dar certo para Barrichello também. "Não acredito em tabu e em falta de sorte. De repente esse é meu ano, vamos saber domingo." Outros tempos - Ele acredita em destino: "Deus reservou alguma coisa para a gente. Espero que seja boa." Os tempos são outros, disse Barrichello, referindo-se à pressão que havia sobre o seu trabalho, em seguida à morte de Ayrton Senna, em 1994. "Já vivi momentos bem difíceis aqui e me atrapalhou muito. Hoje é diferente, transformei o fim de semana do GP do Brasil em o meu melhor fim de semana na Fórmula 1." Emerson Fittipaldi é um exemplo para o piloto: "Me espelho nele, que atingiu o topo e depois foi ao fundo do poço e subiu de novo." Emerson declarou, antes de o campeonato começar que esta pode ser a melhor temporada do piloto da Ferrari. "Bom saber que ele viu certo avanço na minha cabeça." Assuntos polêmicos não ficaram sem resposta de Barrichello, como a violência na cidade. "Sou a favor de um projeto para melhorar a imagem do Brasil lá fora. Só vemos favela e surfistas de trens. Tem piloto que não traz sua mulher para este GP por causa desses problemas", diz. "Com tanta guerra que existe o Brasil até que é um país seguro para se viver." Mas não deixou de criticar também alguns aspectos da organização em Interlagos. "Vou sempre falar bem do nosso País, mesmo que não seja verdade, porém a condição dos sanitários no autódromo é péssima. As portas dos banheiros não têm trancas, isso ajuda a piorar a imagem." Por fim, Barrichello comentou sobre o novo carro da Ferrari, F2003-GA, previsto para estrear na corrida seguinte à do Brasil, dia 20 em Ímola. "Fiquei contente de saber que fui o primeiro a concluir a simulação de uma prova, semana passada em Barcelona. A F2003-GA é sem dúvida mais rápida que o modelo atual e sua durabilidade tem aumentado." E é bom que o F2003-GA seja eficiente, porque os adversários da Ferrari cresceram, lembrou. "As novas regras permitem que mesmo se largando em 11º, como o Coulthard na Austrália, e em 7º, como o Raikkonen na Malásia, (ambos da McLaren) dá para ganhar corrida."

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