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Rubinho relembra 1ª e única vitória

Rubens Barrichello, quarto no treino livre desta sexta-feira, relembrou a vitória no GP da Alemanha, no ano passado.

Por Agencia Estado
Atualização:

Rubens Barrichello iniciou sua carreira na Fórmula 1 em 1993 e disputou até agora 141 GPs de Fórmula 1. Hoje, ao iniciar a primeira volta da sessão livre da manhã do GP da Alemanha, na mesma pista onde obteve sua única vitória até agora, em 2000, comentou: "Parece que é uma continuação da última volta da corrida do ano passado. Tenho a sensação de não ter deixado ainda o circuito." No fim do dia ele ficou em quarto. Neste sábado será definido o grid da prova, a 12ª da temporada. "Acho fundamental largar na frente das Williams em razão da sua maior velocidade nas retas", disse o piloto da Ferrari. Houve um tempo em que os brasileiros não tinham tempo de comemorar as vitórias dos seus representantes na Fórmula 1. Elas se seguiam uma atrás da outra. Hoje, o simples fato de retornar a uma pista em que há um ano o País venceu é quase motivo de festa. "Aquela conquista me tirou um enorme peso das costas. Sinto-me mais aliviado", falou Rubinho. "Lógico que depois eu esperava vencer outras vezes, afinal o Michael Schumacher ganhou um monte de corridas, o Ralf Schumacher duas, o David Coulthard outras duas", comentou. "Mas por uma razão ou outra essas vitórias acabaram não acontecendo." Se depender da geração que vem aí, contudo, essas "razões" citadas por Rubinho tendem a interferir menos no resultado das competições. Nas duas preliminares da Fórmula 1, por exemplo, pilotos brasileiros largam na pole position: João Paulo de Oliviera, do Swiss Team, na Fórmula 3 alemã, e Ricardo Sperafico, da Petrobras Junior, na Fórmula 3000. "Acho que o fato de a Ferrari concentrar suas atenções num piloto como o Michael é uma dessas razões", explica Rubinho. "Eu acredito que poderia ter vencido, ano passado, no Canadá e na França e, neste campeonato, na Áustria." A imprensa italiana descreve uma crise nas relações entre Rubinho e a Ferrari, por causa do seu desempenho nas últimas sessões de classificação, 6º na Grã-Bretanha, 8º na França, 4º em Nurburgring, 5º no Canadá, diante de três poles e uma segunda colocação de Michael. "Isso é uma invenção da imprensa italiana. Não há nenhuma crise, o que existe é que em alguns momentos somos felizes e em outros não." Só nesta temporada Michael fez 8 poles e venceu 6 vezes. Rubinho largou em segundo apenas nas duas primeiras etapas do Mundial e depois não conseguiu mais um lugar na primeira fila, além de não ter vencido nenhum GP. "As vitórias, sempre muito difíceis na Fórmula 1, vêm do trabalho. Se eu me sentir desestimulado elas ficarão ainda mais distantes." Ele reiterou sua explicação para a falta de grandes conquistas: "Se a equipe concentrasse em mim suas atenções certamente teria vencido mais." Para o piloto, é natural que a Ferrari jogue suas fichas em Michael. "É mais fácil mesmo, hoje, vencer com ele, mas nosso momento vai chegar." Obter amanhã a pole position do GP da Alemanha, "no traçado que favorece o seu estilo de guiar", como o descreveu, além de lhe dar a chance de viver um desses "momentos" permitiria ao Brasil largar nos três primeiros lugares nas três mais importantes competições do programa em Hockenheim, Fórmula 3, Fórmula 3000 e Fórmula 1. Como a maioria dos seus colegas, Rubinho evitou analisar a dispensa de Heinz-Harald Frentzen por Eddie Jordan, para quem correu de 1993 a 1996. "Não quero comentar nada, senão vou descer a lenha." No fim de 1996, Eddie também não renovou o seu contrato e Rubinho foi para a Stewart.

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