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Rubinho: tenho de tirar leite de pedra

"Não estou derrotado. Estou desapontado", disse o piloto brasileiro, que culpou os pneus pelo fato de ter passado a maior parte do tempo no box, tentando ajustar o carro.

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Por Agencia Estado
Atualização:

A família Barrichello deixou o autódromo de Interlagos desapontada, hoje. Meia hora após o final da sessão que definiu o grid de largada do Grande Prêmio do Brasil, os pais de Rubens Barrichello, Rubens e Idely, a irmã, Renata, e a mulher, Silvana, foram embora. Para trás ficou o piloto da Ferrari com seu problema: conseguir um acerto do carro que o fizesse dormir tranqüilo. Ou, nas próprias palavras de Barrichello, que larga na discreta sexta posição neste domingo: "Precisaremos tirar leite de pedra." Barrichello demonstrava abatimento com a situação. O tempo de 1min14s191, oito centésimos acima da pole position do ano passado, não estava em seus planos. Ele sonhava com a pole ou, pelo menos, com a primeira fila no Brasil, e ao volante de uma Ferrari. Seu companheiro de equipe, o campeão do mundo Michael Schumacher, tirou leite de pedra. Foi 0s411 mais rápido e ficou com a posição de honra no grid. Descontado o talento do alemão, o desempenho de Schumacher afastou o argumento de que a equipe não conseguira achar o acerto ideal para a pista. Entre os dois pilotos da Ferrari ainda se colocaram duas Williams e duas McLaren. "Não estou derrotado. Estou desapontado. Preciso resolver meu problema hoje (ontem), não quero deixar para amanhã", disse Barrichello. O problema em questão era o balanço do carro em determinadas curvas do circuito. O treino classificatório de hoje foi um tormento para o brasileiro e comprovou sua falta de sorte em Interlagos. Dos oito GPs que disputou no Brasil, só terminou um, em 1994, na quarta posição, correndo pela Jordan. Hoje, ele culpou os pneus pelo fato de ter passado a maior parte do tempo no box, tentando ajustar o carro. "Nos treinos livres, com pneus velhos, o carro foi bem. Na sessão de classificação, o balanço já não era o mesmo em algumas curvas", disse. Para os jornalistas italianos, procurou demonstrar otimismo. "Vou virar essa página. Amanhã é outro dia."

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