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São Paulo quer GP de F-1 até 2010

Bernie Ecclestone começa sexta-feira a negociar a renovação do contrato do GP do Brasil. A primeira conversa vai ocorrer num jantar que Bernie oferecerá à prefeita Marta Suplicy e à secretária municipal de Esportes, Nádia Campeão.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O promotor da F-1, Bernie Ecclestone, começa sexta-feira a negociar a renovação do contrato do GP do Brasil com São Paulo. A primeira conversa vai ocorrer num jantar que Bernie oferecerá à prefeita Marta Suplicy e à secretária municipal de Esportes, Nádia Campeão. O contrato atual para a realização do GP em Interlagos termina em 2005 e a intenção é que o novo acordo prevaleça até 2010. A opção de renovação é da Prefeitura. A disposição do dirigente indica que a polêmica em relação à lei antitabagista brasileira não é tão grande como se alardeia. A FIA, a Fórmula One Management (FOM, empresa da qual Bernie é sócio), a prefeitura de São Paulo e o promotor do GP do Brasil, Tamas Rohonyi, estão tranqüilos quanto à possibilidade de terem problemas com a lei 10.167, de 27 de dezembro de 2000, que restringiu a propaganda de cigarro a partir de 1º de janeiro de 2003. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) cogitou multar equipes, a FIA e promotores se alguma propaganda fosse feita durante o GP - cinco das dez equipes de F-1 têm empresas tabagistas entre seus patrocinadores -, mas o entendimento é de que isso não ocorrerá, baseado em parecer do jurista Ives Gandra Martins (considera que a lei restringe, mas não proíbe, a propaganda de cigarros, porque não se pode proibir algo que é legalmente vendido) e, principalmente, em contato com o ministro dos Esportes, Agnello Queiroz, feito em fevereiro, onde a situação do GP foi discutida. Além disso, na segunda-feira Queiroz informou à secretária Nádia Campeão que "o governo não criaria nenhum constrangimento para as equipes de F-1?. Nádia enviou a cópia da carta do ministro ao presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Paulo Scaglione, que remeteu o texto a Bernie Ecclestone. O governo tem uma médida provisória sobre o assunto pronta para ser editada. Deve fazê-lo caso alguma organização antitabagista recorra à Justiça para tentar impedir a propaganda de cigarros no GP do Brasil. Aliás, a propaganda, hoje, é restrita às equipes, pois desde 2000 o evento não tem mais marcas de cigarros entre seus patrocinadores oficiais. Nesta quarta-feira, em Interlagos, apenas a Ferrari não tinha o nome da marca de cigarros de promove exibida nos boxes das equipes e no uniforme dos seus funcionários - embora nas jaquetas para frio, não usadas porque fez forte calor, a marca estivesse estampada. Jordan, Renault, McLaren e BAR não tiveram preocupação alguma com a questão. Mas nos bastidores havia quem apostasse que nesta quinta-feira, com a chegada de Ecclestone, a Ferrari voltaria a exibir a marca Marlboro. A FIA, porém, se preocupa com o problema em nível global. Tanto que prepara ação na Corte Européia contra a decisão da Comissão Européia de proibir o patrocinío de fabricantes de cigarros em eventos esportivos a partir de julho de 2005. A entidade quer que seja respeitado o prazo inicialmente acordado, ou seja, a partir de 2006.

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