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Schumacher faz gol e Robinho dá show

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Por Agencia Estado
Atualização:

O pentacampeão mundial da Fórmula 1, Michael Schumacher, era o convidado, mas foi Robinho quem roubou a cena. Nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, o alemão bem que se esforçou; correu, sem saber muito para onde, tentou algumas tabelas errando quase todos os passes e concluiu mal todas as vezes que o colocaram na cara do gol. Talvez o motivo do mau rendimento tenha sido reflexo de uma impagável molecagem de Robinho, que logo aos 10 segundos de partida meteu a bola debaixo das pernas do piloto. O camisa 7 do Santos se mostrou um péssimo anfitrião, mas, como Garrincha fazia há 30 anos, fez a alegria dos 14 mil representantes do povo que nesta quarta-feira tiveram o privilégio de vê-lo em campo. Nem tudo foi ruim, entretanto, para Schumacher, que marcou um dos seis gols do amistoso, que terminou empatado por 3 a 3. Tudo bem que foi armado, mas marcou. No primeiro tempo, de 30 minutos, o piloto da Ferrari jogou entre os titulares do Santos, ao lado de Diego, e no segundo, no time de Robinho, o Criança Esperança (nome da campanha assistencial da Globo, patrocinadora do evento), fez o segundo da equipe, de pênalti. Minutos antes do gol do alemão, Leão chamou Robinho na lateral do campo e pediu para ele partir para cima de Léo, dentro da área. Um minuto depois, o plano deu certo. Léo derruba o atacante igual pênalti convertido pelo alemão. O piloto bateu no meio do gol, mas Fábio Costa, gentilmente, se esquivou da bola. Na entrevista coletiva, logo após a partida, o técnico Leão, antecipando-se à resposta de Robinho, tentou convencer a imprensa de que o lance do gol do pentacampeão foi normal. "Ele (Schumacher) fez o gol por mérito. Não teve nada arrumado", disse, virando-se em seguida para Robinho: "Se você me desmentir, você está fora", brincou, para logo em seguida cair na risada. Risos e brincadeiras, aliás, foram constantes nesta quarta-feira na Vila Belmiro toda vez que Robinho pegava na bola. Calçando uma chuteira laranja nada discreta, o jovem atacante santista provocou os companheiros, deu dribles desconcertantes em todos eles e ainda desafiou seu maior amigo, Diego, aos 10 minutos do primeiro tempo. "O Schumacher não levou pedalada, não deu", lamentou. "Quem levou as pedaladas foi o Diego", riu. Em resumo, se como jogador de futebol Schumacher se mostrou um grande piloto, como disse Leão, o evento, que por pouco não foi realizado por causa da briga para saber que camisa o alemão usaria, foi um sucesso. A Ferrari proibiu que seu piloto entrasse em campo divulgando qualquer marca ou patrocínio. O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, por pouco não cancelou o evento, mas acabou aceitando que o convidado usasse uma camisa vermelha, sem as inscrições da Bombril, patrocinadora da equipe.

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