Publicidade

Schummy foge das graças de Rubinho

O piloto alemão confirmou ter desligado o celular para não ter de enfrentar as brincadeiras do companheiro brasileiro.

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Michael Schumacher disse que o desempenho da Alemanha na Copa do Mundo "foi muito acima do que todos no país esperavam?. Mas a julgar como ele se comportou nesta quinta-feira com Rubens Barrichello, seu companheiro de Ferrari, este parece um discurso apenas político. "Deixei mesmo meu celular desligado porque sabia o que teria de aguentar do Rubens", confirmou o alemão. "Só nesta quinta-feira consegui conversar com ele", disse Barrichello, que mandou fazer uma camiseta com a estampa de 2 a 0 para o Brasil na partida final contra a Alemanha para mexer com Schumacher. "O homem não quis me atender antes de jeito nenhum." Enquanto o carro que a Williams usará já nesta sexta-feira em Silverstone, no primeiro treino livre do GP da Grã Bretanha, incorpora grandes modificações em relação ao que começou o ano, Schumacher e Barrichello podem se dar ao luxo de abordar a prova como um assunto de segundo plano. A Copa do Mundo ainda está bem viva para eles. "Fizemos um treino nesta pista, há um mês, e o carro mostrou-se muito rápido", disse Barrichello. O piloto, vencedor da última etapa do Mundial, dia 23 em Nurburgring, evitou polêmicas, mas desmentiu na prática a informação dada pela Ferrari quarta-feira, de que já parou o desenvolvimento do modelo atual, F2002, para concentra-se nos estudos do modelo de 2003. "Está errado. Para as próximas provas nós teremos várias modificações aerodinâmicas." Além de demonstrar não ter aceitado muito bem as brincadeiras de Barrichello com relação à Copa, Schumacher sentiu-se incomodado com Damon Hill. O campeão do mundo de 1996, hoje um guitarrista de rock, afimou para os ingleses que o alemão vai parar de correr no fim do ano. "Dá para ver nos gestos de Michael que tão logo termine a temporada, como campeão, abandonará as pistas", declarou Hill. Schumacher ouviu e respondeu. "Ele é mesmo o meu melhor amigo, não? É a pessoa mais autorizada a falar de mim." Desde que ambos disputaram os títulos de 1995 e 1996 suas relações são tensas. A corrida de Silverstone, a décima do ano, está representando um marco para pelo menos três equipes: Williams, Renault e Jaguar. As três estréiam carros bem modificados para o restante do campeonato. O que mais chama a atenção é o FW23B da Williams. Todo o conjunto aerodinâmico traseiro foi revisto. Até o monocoque, componente mais importante, por abrigar o cockpit, o tanque e ser a maior estrutura do carro, teve de ser redesenhada. A BMW também precisou rever suas necessidades de refrigeração do motor porque a nova Williams adotou radiadores menores, também para melhorar sua aerodinâmica. Os dois pilotos de testes da equipe, Antonio Pizzonia e Marc Gene, testaram e aprovaram o novo pacote semana passada no Circuito da Catalunha, em Barcelona. "Acredito que seremos mais competitivos", falou nesta quinta-feira Ralf Schumacher. Já seu companheiro de Williams, Juan Pablo Montoya, repassou para a Michelin boa parte da responsabilidade de um bom resultado na prova. Nas três últimas etapas ele largou na pole position, mas não marcou pontos em nenhuma delas. Pierre Dupasquier, diretor da empresa francesa, adiantou na Inglaterra. "Seremos um pouco mais conservadores em Silverstone." A Michelin produziu pneus bem moles nas três ùltimas corridas que deram resultado na classificação para o grid, mas depois, na corrida, apresentaram grande deterioração. Seus pilotos criticaram abertamente a Michelin. A Ferrari corre com Bridgestone. Nesta quinta-feira o escocês David Coulthard, da McLaren, time da Michelin, vencedor da prova em 1999 e 2000, avisou sua torcida para não esperar nada dele, ao menos neste sábado, durante a definição do grid. "Usaremos pneus mais duros, prevejo um lugar na terceira fila." A McLaren levou para Silverstone um carro com algumas alterações também, mas é a vestimenta dos 28 mecânicos que trabalham nos pit stops que representa sua maior atração: ela foi desenvolvida pela Agência Espacial Européia (ESA) e sua temperatura pode ser controlada.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.