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Sem contrato, Barrichello aposta em experiência para ficar na F1

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Por Camila Moreira
Atualização:

Após 16 anos de carreira e aos 36 anos de idade, Rubens Barrichello não sabe qual é o seu futuro na Fórmula 1 e aposta todas as fichas em sua experiência para continuar correndo. Em sua terceira temporada com a Honda, Barrichello soma 11 pontos e está em 14o lugar, depois de ter passado o ano de 2007 em branco e brigando com o carro. Isso após ter sido duas vezes vice-campeão mundial com a Ferrari (2002 e 2004). Às vésperas de disputar no Grande Prêmio do Brasil, no domingo, sua 270a prova na categoria - ele é o recordista nesse quesito - o brasileiro garante que está tranquilo e confiante de que voltará em 2009. "(A carreira) está em suspenso, obviamente. Não quero parar. Estou guiando melhor do que guiava quando terminei em segundo no campeonato atrás de Michael (Schumacher, na Ferrari). O objetivo é não parar", afirmou ele na sexta-feira. "Estou me sentindo normal, como se fosse uma corrida normal, a última corrida da temporada, a melhor delas. Só posso dar tudo de mim, mesmo com um carro que não foi satisfatório." Barrichello terá que esperar algum tempo já que, segundo ele, a Honda quer testar alguns pilotos antes de fechar os nomes para o ano que vem. Os brasileiros Nelsinho Piquet, Bruno Senna e Lucas di Grassi estariam entre os possíveis nomes. Entretanto, Barrichello planeja férias tranquilas após a corrida em Interlagos. "Não tenho pensamento fora da F1 no momento, quero ficar, mereço ficar, é quase que merecido ficar num carro competitivo para o ano que vem. O importante é estar preparado para a situação que ela virá para o seu lado, vou para as férias com muita curtição porque algum telefonema vai surgir", garantiu ele, destacando que está em contato com outras equipes, principalmente com a Toro Rosso. "As conversas continuam existindo, o que precisam é de dinheiro. Mas se tiverem um piloto jovem também precisam de experiência. Se eles (Honda) quiserem vencer ano que vem, precisam de alguém experiente com minhas qualidades." Ele garante que não se assusta com essa concorrência de pilotos mais jovens, e encara isso como algo normal, que aconteceria mais cedo ou mais tarde. "A molecada é um fator normal na vida. Desde que (Kimi) Raikkonen entrou (em 2001) foi um baque para a Fórmula 1 porque primeiro ele não ia conseguir a superlicença, depois já entrou marcando. Mas existe uma pressão interna e se a mente não estiver bem, você acaba fazendo besteira", avalia ele. Barrichello torce por chuva no domingo para conseguir marcar pontos, o que para ele seria a maneira ideal de terminar o campeonato. "Acho que a chance é bem grande (de chover), e com certeza é a melhor chance que tenho para acabar o ano bem", disse ele, cujo melhor resultado neste ano foi o terceiro lugar no molhado GP da Inglaterra.

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