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Sinos não dobram por Todt na Itália

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Por Agencia Estado
Atualização:

Desde 1987, os sinos da centenária Igreja de San Biagio, em Maranello, cidade da Ferrari, soam a cada vitória da escuderia italiana. Mas, desde o polêmico desfecho do GP da Áustria, no último domingo, em que Jean Todt, diretor-esportivo da equipe, ordenou a Rubens Barrichello, na última volta, que cedesse a Michael Schumacher a vitória no GP austríaco, os fiéis, revoltados, acabaram com o sossego do pároco Alberto Bernardoni. "Não parei de receber telefonemas desde a manhã de segunda-feira", contou dom Alberto ao jornal Corriere della Sera. "Muitos deles pedem que eu não absolva Jean Todt caso ele venha se confessar. A atitude de Todt foi pior do que uma derrota. Todos aqui ficaram muito decepcionados." Mesmo assim, a tradição em Maranello não foi interrompida. "Toquei os sinos no domingo, mas para Barrichello, o verdadeiro vencedor da corrida." O início - Curiosamente, a tradição de tocar os sinos de San Biagio a cada vitória da Ferrari começou com um austríaco. Em 1º de novembro de 1987, Gerhard Berger ganhou o GP do Japão e pôs fim ao jejum da Ferrari de 37 GPs sem vitória - dois anos e meio já haviam passado desde que Michele Alboreto vencera o GP da Alemanha. O antigo pároco, dom Erio Belloi, ficou tão emocionado que não parava mais de tocar os sinos. Com a morte de dom Erio, dom Alberto assumiu o posto e já no dia seguinte, 12 de outubro de 97, a Ferrari venceu o GP do Japão, com Eddie Irvine em terceiro. "Não me lembro de outra ocasião em que tenha tocado aqueles sinos com tanta força."

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