PUBLICIDADE

Publicidade

Só jornais italianos não atacam Ferrari

Por Agencia Estado
Atualização:

Para os sites de jornais italianos, a decisão da Ferrari de proibir a vitória de Rubens Barrichello na Áustria passou longe de ser vergonhosa. Nas manchetes da tarde deste domingo, nenhum deles mostrou indignação com a decisão da equipe, que gerou uma das maiores vaias da história da F1. No resto do mundo, a reação foi diferente e muitos jornais criticaram a decisão. Entre os italianos, nenhum questionou a decisão da Ferrari. A maior crítica veio do La Reppublica, de Roma, que deu em subtítulo "Dobradinha e vaias: Ferrari é questionada e Rubens sobe em lágrimas ao pódio". Principal jornal esportivo do país, a Gazzetta dello Sport, não fez crítica alguma. "Zeltweg, presente de Barrichello a Schumi", dizia a manchete do portal na tarde deste domingo. "Incrível final do GP da Áustria: o brasileiro abre para o alemão, que vence a prova." O jornal é de propriedade do grupo Fiat, que também controla a Ferrari. Outro jornal do grupo, o Corriere della Sera tinha apenas uma foto com Schumacher reverenciando Rubinho e a manchete: "Schumacher agradece a Barrichello pela vitória". Jornais e sites de outros países foram mais críticos. O site especializado Sports.com tinha uma manchete dura: "Schummy vence sem glória". O espanhol Marca dizia que Michael Schumacher ganhou a corrida "por decreto" e qualificou como "obscura" a decisão dos chefes da equipe italiana. O respeitado jornal inglês The Times tinha o texto mais revoltado de todos. Chamou a vitória do alemão de farsa e disse que Rubinho foi forçado a se submeter ao alemão. Lembrou que o triunfo dele na única pista do atual calendário onde ainda não havia vencido manchou a imagem do esporte. Na Argentina, Juan Fasini, que narra as corridas pela TV Fox Sports, disse que Rubinho era bom demais, tonto e de pouco caráter por ter aceitado as ordens de seus superiores.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.