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Stock Car começa temporada histórica

Por Agencia Estado
Atualização:

Com um número recorde de pilotos inscritos, algumas equipes novas e patrocinadores que investem pela primeira vez, tem início hoje a temporada da mais importante categoria do automobilismo brasileiro, a Stock Car. Mas a corrida que começa às 13 horas em Interlagos (com SporTV) pode ser considerada histórica principalmente por um motivo: em 27 anos, é a primeira vez que duas marcas irão brigar na pista. O monopólio da Chevrolet foi quebrado pela Mitsubishi, que vai estar representada por 10 carros. A entrada da montadora japonesa - que vai competir com os modelos Lancer contra os Astra Sedan (o chassi é o mesmo para todos os carros, o que muda é a carenagem) - é conseqüência do espantoso crescimento que a categoria experimentou nos últimos cinco anos. Estudos da organização indicam que a Stock movimenta R$ 90 milhões por ano e provoca um impacto econômico (gastos com hospedagem, alimentação e compras, entre outros itens) nas cidades onde ocorrem suas corridas de cerca de R$ 24 milhões. São 1 mil empregos diretos, mais 8.400 indiretos. Outro número expressivo: no ano passado, a Stock levou 337 mil pessoas autódromos, média de 28 mil por prova. Certamente, tais números atraíram mais pilotos. Em 2004, a média foi de 33 pilotos por corrida. Este ano, já são 42 inscritos e 40 confirmados na etapa de hoje. Estão atualmente na competição, por exemplo, 5 pilotos que passaram pela Fórmula 1, em épocas diferentes: Ingo Hoffmann, Chico Serra, Raul Boesel e os estreantes Christian Fittipaldi e Luciano Burti, até recentemente piloto de testes da Ferrari. Além disso, hoje a categoria já não é mais "reduto dos dinossauros??, como em passado não muito distante. Há na pista jovens como Thiago Camilo (20 anos), Pedro Gomes e Allan Khodair, ambos com 23. Giuliano Losacco, o campeão de 2004, tem 27 anos. Confusão - O salutar inchaço da Stock causou um problema só resolvido na sexta-feira: a Confederação Brasileira de Automobilismo, com base nas normas da FIA, estabeleceu em 38 o número vagas no grid por prova por questões de segurança. A chiadeira foi grande, até porque foi criado um ranking de proteção pelo qual 27 pilotos que participaram de pelo menos 10 etapas em 2004, além do campeão e do vice da Stock Light (Diogo Pachenki e Reck Júnior), teriam garantido de antemão o direito de largar. Alguns pilotos cogitaram até recorrer à Justiça para garantir o direito de correr, caso ficassem fora do grid. Começou, então, um jogo de empurra. "Não é uma coisa que me agrade, mas tenho de acatar a determinação da CBA??, disse Carlos Cool, o promotor da Stock. "Estamos cumprindo as normas da FIA??, defendeu-se Paulo Scaglione, presidente da CBA. "Mas não queremos prejudicar ninguém.?? Pressionado, ele determinou nova aferição em Interlagos. A conclusão foi de que a pista suporta até 46 carros. Assim, todos os inscritos largarão hoje. E a cada prova será feita análise da pista para se determinar quantos carros irão correr. Encrencas à parte, o certo é que a cada corrida pelo menos 15 pilotos irão à pista com chances reais de vencer - a vitória na Stock este ano vale prêmio de R$ 8,5 mil; o segundo lugar paga R$ 5,5 mil e o terceiro, R$ 3 mil. E, claro, todos sonham com a vitória. "Vencer seria a recompensa ideal para minha equipe??, diz o veterano Raul Boesel, agora na RR Embratel Motorsport, uma das estreantes da categoria. "Estou mais confiante do que em 2004, quando não esperava ser campeão??, afirma Losacco. Esses são apenas dois exemplos da disposição de vencer em uma categoria que se consolidou e que pode até de internacionalizar. A Stock negocia a realização de uma prova na Argentina em outubro.

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