Superioridade da Ferrari assusta F1

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Por Agencia Estado
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A Ferrari responde na madrugada deste domingo, na Malásia, a toda Fórmula 1 e aos milhões de torcedores no mundo se o campeonato será chato como o último ou as provas terão um pouco mais de emoção, a exemplo da abertura da temporada, na Austrália. Se seus pilotos, ainda com o modelo de 2002, se impuserem aos demais concorrentes, ao longo das 56 voltas da corrida, com a mesma facilidade como fizeram na sexta-feira, no primeiro treino livre da segunda etapa do Mundial, aí nem outro pacote de medidas de Max Mosley resolverá o caso. A saída será esperar a aposentadoria de Michael Schumacher. A meteorologia indica boa possibilidade de chuva para o dia da prova. E os pneus Michelin, da Williams e McLaren, costumam apresentar desempenho superior ao Bridgestone, da Ferrari, sob o forte calor de Sepang. Além disso, ninguém sabe com quanto combustível cada piloto fez o treino classificatório na madrugada de sábado. Mesmo assim, não é exagero imaginar que a Ferrari possa colocar uma volta no terceiro colocado, algo parecido com os 959 milésimos de segundo impostos à Williams no treino da madrugada desta sexta-feira. Já depois do primeiro treino em Sepang, a maioria dos pilotos destacava a impossibilidade de se imprimir um ritmo forte à competição, por causa das altas temperaturas. Não sobraria um único carro inteiro, dos 20 previstos para largar, para receber a bandeirada. E este ano está fazendo ainda mais calor que nas duas últimas edições do GP da Malásia, equiparando-se ao de estréia do simpático país no calendário da Fórmula 1, em 1999. Em nenhum dia fez menos de 30 graus antes das 19 horas - e teve picos de 39 graus, como na quinta-feira. Por isso, a carenagem usada pelos carros em Sepang é única. Dessa maneira, quem receber a bandeirada final tem boas chances de marcar pontos no GP da Malásia, programado para começar às 15 horas local, 4 horas da manhã de domingo no horário de Brasília. Principalmente agora, que os oito primeiros recebem pontos e não mais apenas os seis primeiros. Como lembrou o diretor-técnico da Ferrari, Ross Brawn, "os pneus decidirão o vencedor em Sepang." Com as novas regras, deixou de ser interessante utilizar pneus com compostos duros de borracha, por conta de não permitir a seus pilotos, em geral, boa colocação no grid. Agora, o volume de gasolina escolhido para iniciar a corrida deve abastecer o tanque antes da sessão de classificação. "Mas os macios se degradam logo neste circuito. Esse é o nosso maior desafio aqui. Encontrar o correto compromisso entre desempenho e desgaste do pneus", explicou Ross Brawn. Ano passado, o conjunto Williams-Michelin foi quem melhor respondeu a esse desafio e venceu a prova com Ralf Schumacher.

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