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Todt é favorito a presidir a FIA, contra Vatanen confiante

Escolha do sucessor do controvertido Max Mosley no comando da entidade acontece nesta sexta-feira

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Por Redação
Atualização:

Jens Buettner/EFE - 30/6/2009 e 18/4/2009

Ari Vatanen e Jean Todt são os candidatos ao cargo mais importante do automoblismo em todo o planeta

PARIS - O francês

Jean Todt

parte como favorito para suceder o britânico

Max Mosley

no comando da

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Federação Internacional de Automobilismo (FIA)

na eleição desta sexta-feira, cargo que também é disputado pelo finlandês

Ari Vatanen

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.

Os 132 eleitores que compõem a Assembleia Geral da FIA se reunião na sede da organização na praça da Concórdia para eleger o substituto de Mosley após 16 anos de controvertido reinado do britânico no automobilismo. Após escutar por 15 minutos cada candidato, todos depositarão o voto em uma urna que será vigiada por um escrivão.

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Em suas mãos todos terão um papel com o nome de Todt, de 63 anos, nos últimos 43 envolvido com o esporte a motor, assim como copiloto de ralis, onde foi vice-campeão mundial em 1981, bem como estrategista desportivo na Peugeot (de 1981 a 1993) e, na Fórmula 1, à frente da Ferrari (de 1993 a 1998).

O 'pequeno Napoleão' conseguiu como diretor desportivo dois Mundiais de rali (1985 e 1986), quatro Dakar (1987, 1988, 1989 e 1990), duas 24 horas de Le Mans (1992 e 1993) e 13 Mundiais de Fórmula 1, sendo sete de construtores (1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007) e seis de pilotos (2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007).

O outro concorrente será Vatanen, de 57 anos, que venceu o Mundial de ralis de 1981 com um Ford Escort antes de se colocar às ordens de Todt na equipe Peugeot, e ganhar em quatro oportunidades o rali Dakar (1987, 1989, 1990 e 1991).

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Após se aposentar, o finlandês completou duas legislaturas no Parlamento Europeu, onde manteve o combate contra a pena de morte e contra o aborto.

Todt conta com o apoio dos homens mais influentes do automobilismo atual, o controvertido Mosley, que tem demonstrado em várias ocasiões seu peso na organização, e do proprietário da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, autêntico mecenas da competição mais lucrativa do esporte a motor.

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Com esses dois nomes a seu favor, para Todt não restou remédio que não fosse se apresentar como o candidato da situação frente a uma FIA que nos últimos anos passou por acontecimentos controversos.

Ótimo estrategista político, Vatanen tem sabido colocar-se como o homem da renovação e tem obrigado Todt a assumir a nem sempre bem-vinda herança de Mosley. Essa é a principal carta com que joga o nórdico, que não atira a toalha mesmo sabendo que não parte como favorito.

Para marcar seu território, Vatanen apresentou uma denúncia contra a FIA por considerar que há um apoio declarado de Mosley a Todt e que isso não garante uma eleição limpa e neutra.

Uma reunião com o ainda presidente da FIA serviu para que o finlandês retirasse sua crítica, mas sem que esta lhe servisse de golpe publicitário frente ao seu rival.

Desde que assumiu a postura de renovador, Vatanen tem percorrido nos últimos meses todos os circuitos e competições de motor com a intenção de convencer as pequenas federações, seu objetivo para balancear com o rival, que é apoiado pelos grandes nomes.

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Com sua mensagem de mudanças, de maior transparência e de democracia e de uma melhor distribuição dos benefícios das competições com as equipes, o finlandês tem convencido federações como a jordaniana, que lhe pode atrair votos do mundo árabe.

Frente a ele, Todt tem preferido garantir-se com apoios do nível do heptacampeão mundial Michael Schumacher, com quem trabalhou na Ferrari.

Ao francês não restou outro remédio que não seja insistir nas políticas que já vinham sendo trabalhadas com Mosley, como a redução de custos na Fórmula 1 e métodos de competição mais transparentes e justos.

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