Três pilotos brasileiros classificaram-se neste sábado, no GP da Europa de Fórmula 3000, entre os seis primeiros que marcam pontos na competição. O checo Tomas Enge, da equipe Nordic, venceu a sexta etapa do campeonato, em Nurburgring, e o australiano Mark Webber, SuperNova, ficou em segundo. Mas Ricardo Sperafico, da Petrobras Junior, chegou em terceiro, Ricardo Mauricio, Red Bull, em quinto, e Antônio Pizzonia, Petrobras Junior, em sexto. Dois outros brasileiros não marcaram pontos: Rodrigo Sperafico, da Coloni, 12º, e Jaime Mello, Durango, 13º. Mario Haberfeld, da SuperNova, envolveu-se num acidente a quatro voltas da bandeirada, quando lutava pela 15ª colocação. Com o resultado deste sábado, o inglês Justin Wilson, da Nordic, segue liderando a competição, com 31 pontos, seguido agora pelo companheiro de equipe, Enge, 28, e Webber, 26. Mello e Pizzonia dividem a quinta colocação com 8 pontos. A próxima etapa do campeonato será dia 30 no circuito de Magny-Cours, depois da definição do grid do GP da França de Fórmula 1. A realidade do Brasil na F-3000 este ano é distinta da vivida ano passado. A esta altura, meio do campeonato, Bruno Junqueira, da Petrobras Junior, liderava a classificação com boa folga. Ao todo ele venceu quatro etapas na temporada. Agora os mais bem colocados são Mello e Pizzonia com apenas 8 pontos. Todos os pilotos, bem como o dono de suas equipes e até Ricardo Zonta, hoje na F-1, mas campeão da F-3000 em 1997, têm uma única explicação para a ausência de melhores resultados: "falta de experiência." Como praticamente não é permitido treinar e as provas começam já com as duas sessões de classificação para o grid, os pilotos que disputaram ao menos um campeonato contam com enorme vantagem. "Temos uma hora para conhecer a pista, acertar o carro e obter uma boa colocação no grid", diz Pizzonia. A maior prova do quanto esse conhecimento prévio é determinante ocorreu na etapa de abertura do campeonato da F-3000, em Interlagos, este ano: os quatro primeiros colocados eram brasileiros. Eles já haviam ao menos treinado na pista, ainda que com carros de outras categorias. "Vamos ver o que acontecerá na duas próximas etapas, Magny-Cours e Silverstone, onde pudemos treinar. Acho que será diferente", avalia Paul Jackson, diretor da Petrobras Junior, campeã ano passado com Bruno Junqueira, na sua terceira temporada.