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Tony George 'engole' o rival com a volta da Fórmula Indy

Unificação dos campeonatos da Champ Car e da Indy Racing League é uma vitória para o dono de Indianápolis

Por Dave Caldwell
Atualização:

Tony George descreveu a fusão entre a Indy Racing League e a Champ Car World Series como uma unificação em uma entrevista coletiva nesta quarta em Homestead, na Flórida, mas a sensação é a de que está, virtualmente, engolindo seu rival. Após o Grande Prêmio de Long Beach em 20 de abril, a Champ Car deixa de existir, e seus times imediatamente se juntarão à categoria que George criou em 1996 após a briga com a Championship Auto Racing Teams (Cart), por não concordar com suas decisões. "Eu suponho que não há nenhuma garantia à exceção da garantia de que nós faremos nosso melhor para manter esta união - o que nos levou a romper lá atrás não pode voltar agora.", diz George. George fala que está esperançoso que as corridas do campeonato da Champ Car em Edmonton e Austrália sejam adicionadas às 16 do calendário da IndyCar Series ainda nesta temporada, e que todas as equipes da outra categoria adquiram os equipamentos de acordo com as especificações da IRL. A absorção da Champ Car series é uma clara vitória de George, 48, cujo avô, Tony Hulman, assumiu o Indianapolis Motor Speedway em 1946. E fez a confusa e cara batalha que resultou na deserção de fãs e pilotos que criou a Nascar. "Honestamente, os campeonatos de motor disputados nos Estados Unidos nunca foram na mesma direção", diz Kevin Kalkhoven, co-proprietário da Champ Car, na entrevista coletiva. "Se agora nós estamos tendo a oportunidade de desenvolver algo para o futuro, temos de aproveitar isso." A expectativa é que oito dos 12 carros da Champ Car se juntem à IndyCar, cuja jóia da coroa são as 500 milhas de Indianápolis. Kalkhoven deseja que os times da Champ Car apareçam entre os cinco primeiros colocados ao final da temporada. Outro ponto de larga importância é o marketing do campeonato, que depende bastante da Indy 500, e que tem sido eclipsado pela Nascar. Três vencedores da Indianápolis 500 - Sam Hornish Jr., Dario Franchitti e Jacques Villeneuve - estão correndo de stock car neste ano. "A união das categorias realmente ajudará todos a se fortalecer", diz Roger Penske, que tem forte espaço nos stock Cars e na IndyCar. "Não temos como fazer com que todos os times e pilotos se beneficiem de estarmos juntos, mas temos de criar mais oportunidades para os patrocinadores, e aqueles que queiram aumentar o marketing e a promoção da categoria". Hornish pilotou nas 500 milhas de Daytona num carro fornecido pela Penske, que havia vencido pelas mãos do piloto Ryan Newman. Os pilotos da Penske tem o recorde de 14 vitórias na Indy 500, e são defensores descarados das corridas de fórmula. Penske disse na quarta ter esperança de que foram fechadas com o acordo a guerra. "Mas para aqueles que trabalham pesados", ele completa. "O que nós temos agora é uma grande categoria, com atletas de talento e times que disputam as melhores corridas no mundo." Danica Patrick, Marco Andretti e Dan Wheldon querem continuar correndo na IndyCar, que terá sua abertura no dia 29 de março em Homestead. Graham Rahal, cujo pai, Bobby, venceu as 500 milhas Indianápolis em 1986, é um dos pilotos que devem se juntar à categoria. A IndyCar Series terá ainda uma corrida no Japão no mesmo fim de semana do Grande Prêmio de Long beach. Os pilotos das duas corridas somarão os pontos para o campeonato. Para que a união aconteça, a IndyCar está providenciando assistência técnica para os times da ChampCar que quiserem se adaptar aos novos carros. "Teremos de ser bem rápidos para ajudar estes times agora, pois o tempo é curto", diz George. "Nós realmente temos muitas coisas para agregar, os dias serão longos. As discussões tentamos finalizar nas últimas semanas. Mas temos um número de elementos que queremos trazer para realçar o valor da temporada de 2008 para todos os times, patrocinadores e torcedores."

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