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Tony Kanaan está empolgado para 500 Milhas

Por Agencia Estado
Atualização:

A equipe Andretti Green lidera o campeonato da Indy Racing League (IRL) com Dan Wheldon em primeiro lugar e Tony Kanaan na segunda colocação. E colocou três pilotos entre os cinco primeiros no grid de largada para as 500 Milhas de Indianápolis, no próximo dia 30, a corrida mais importante da categoria. Nesta quinta-feira, enquanto discutia com os engenheiros o acerto ideal para a corrida, Tony Kanaan reconheceu: "Nossa equipe tem uma excelente chance de ganhar a corrida". Com os novos motores de 3,0 litros, que substituiram as versões mais potentes de 3,5, e mudanças aerodinâmicas, monopostos da IRL estão mais duros de pilotar. A velocidade também caiu. No ano passado, Hélio Castro Neves, com um Dallara/Toyota, cravou a pole das 500 Milhas com 372,845 km/h. Este ano, Buddy Rice, da equipe Rahal, com um Panoz G-Force/Honda, conquistou o melhor tempo, domingo passado, com a média horária de 357,236 km. O que chama a atenção no grid de largada é a presença do motor Honda, que equipa os carros dos sete primeiros colocados. O primeiro Toyota, o de Hélio Castro Neves, só aparece em 8º. E o primeiro Chevy, do sul-africano Tomas Scheckter, em 10º. "Estamos muito satisfeitos. É um ótimo momento para a Honda e para nossa equipe. Agora temos que buscar o melhor acerto para a corrida. E definir a tática ideal", revelou Tony Kanaan. Com a redução do tanque de combustível para 30 galões - cerca de 113 litros -, os carros farão um número maior de pit stops. Serão entre 11 e 13, segundo os cálculos dos engenheiros de Kanaan. Não por acaso, a equipe está prevendo a utilização de 13 jogos de pneus dos 35 que cada uma tem direito durante todo o mês de maio. "Vamos reabastecer e trocar pneus em todas as paradas", disse o piloto brasileiro. Tony Kanaan lamentou não conseguir a pole. Ele se preparou para largar na frente, mas deixou para classificar no final do dia quando a temperatura baixou e a pressão aerodinâmica amarrou o carro, impedindo uma velocidade maior. "Largar em 2º ou 5º não muda muito. A corrida é longa, com muitas alternativas. O que vale mesmo é ganhar a pole", revelou. No ano passado, por exemplo, Gil de Ferran largou em 10º e terminou em 1º. A Andretti Green classificou quatro carros para as 500 Milhas. O melhor é o inglês Dan Wheldon, líder do campeonato, que sairá na 1ª fila com o 2º tempo. Ao seu lado, em 3º, estará o escocês Dario Franchitti, também da Green. Depois deles aparece Tony Kanaan em 5º. E, finalmente, o norte-americano Bryan Herta, com 23º tempo, na 8ª fila. Outros brasileiros na corrida são Bruno Junqueira, da Newman Haas (4º tempo), Vitor Meira, da Rahal (7º), Hélio Castro Neves, da Penske (8º), e Felipe Giaffone, da Dreyer & Reinbold (25º). As posições entre o 27º e 33º lugares serão completados no próximo domingo, durante o Bubble Day. Até o ?Carburation Day?, na próxima quinta-feira, dia 27, Tony Kanaan diz que ?escolherá? quem serão seus adversários mais perigosos na corrida. Ele antecipa que os Penske, de Helinho e Sam Hornish Jr, sempre merecem respeito. "A Toyota está preparando um bom motor para a prova", avisou. Embora Bruno Junqueira esteja largando bem, como o melhor brasileiro no grid, Kanaan acredita que ele terá algumas dificuldades. "O Bruno ficará esta semana sem treinar porque vai participar da prova da Champ Car em Monterrey. Isso pode fazer falta", explicou. Kanaan também não acredita que Buddy Rice, o pole position, seja uma ameaça. "Por enquanto, fico com os Penkes e com meus companheiros da Andretti como minhas apostas para a vitória. E também com o Scott Dixon. Vamos ver." Sobre a corrida, com os carros no novo regulamento, Kanaan prevê: "Não vai ser fácil ver todo mundo andando junto. Aí os pneus vão começar a desgastar. E então, quem souber escolher a melhor tática, chegará na frente".

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