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Toyota inicia outra série de testes

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Por Agencia Estado
Atualização:

Enquanto as 11 equipes que disputam o Mundial trabalham nas suas sedes, por não poderem treinar nas três semanas que separam o GP da Alemanha da próxima etapa do Mundial, dia 19 na Hungria, a Toyota, por não ter estreado ainda na Fórmula 1, deu seqüência nesta terça-feira, em Silverstone, ao seu programa de testes. Os dois pilotos, o finlandês Mika Salo e escocês Alan McNish, treinaram até começar a chover, no início da tarde. O mais rápido foi McNish, com 1min31s644, marca 11 segundos pior que a pole position do último GP da Grã-Bretanha, nesse mesmo circuito, estabelecida mês passado por Michael Schumacher, com Ferrari. Os japoneses já testaram na sua pista-sede, Paul Ricard, e Magny-Cours, na França, em Monza e Ímola, na Itália, e Barcelona, Espanha. Desde esta terça-feira estão na pista inglesa, visando ter mais dados sobre tudo o que se refere à Fórmula 1, já que a Toyota, assim como a Ferrari e a Jaguar, já está produzindo todos os componentes do seu carro, do chassi ao motor e câmbio. Salo registrou a marca de 1min31s914, mais lento portanto que o companheiro de testes. Ove Andersson, sueco, diretor do programa de Fórmula 1 da Toyota, disse em Hockenheim, durante a disputa do GP da Alemanha, que ?não vê motivos para não efetivar? McNish como titular da equipe em 2002. Por enquanto, apenas Salo está garantido como piloto da escuderia. Especula-se que o experiente Heinz-Harald Frentzen, demitido da Jordan, esteja nos seus planos. Não faria sentido a comparação direta do tempo da pole de Schumacher em Silverstone, dia 14 de julho, 1min20s447, com o obtido nesta terça-feira por McNish, 1min31s644. Tudo é novo para a Toyota, o que nem de longe é o caso da Ferrari, há mais de 50 anos envolvida na disputa. Mais: Schumacher trabalhou na configuração de classificação, ou seja, pouco combustível no tanque e pneus novos, e as condições do tempo eram mais favoráveis durante os dias de competição do GP da Grã-Bretanha. McNish e Salo não tinham, nesta terça-feira, essas ?vantagens.? A marca 11 segundos pior, contudo, não deixa de, comparada com outras que a Toyota registrou nos demais circuitos, sempre muito elevadas também, ser reveladora de que o projeto coordenado pelo francês Andre De Cortanze é um fracasso. Os japoneses permanecerão em Silverstone até quinta-feira. Não foi por outra razão que Andersson e a direção da Toyota já dispensou o engenheiro, que nunca havia feito nada de significativo por onde passara, Sauber e Ligier, por exemplo, e contratou o competente austríaco Gustav Brunner, que estava na Minardi. Esta temporada, a de pré-estréia da Toyota, está sendo útil para desenvolver o seu motor V-10, o sistema de transmissão, a eletrônica, familiarizar seus integrantes com a realidade da Fórmula 1, dentre outros aprendizados. Quanto ao chassi, porém, os testes servirão para bem pouco. Brunner está projetando o carro que irá estrear no Mundial no ano que vem partindo do que ele conhece como engenheiro. O novo modelo não deverá ter um parafuso do que está em testes agora, pela sua total ineficiência. ?Nosso programa prevê os primeiros treinos do novo carro para novembro?, disse, na Alemanha, Andersson. Ao contrário das outras 11 equipes de Fórmula 1, que não poderão testar de 15 de outubro, data do último GP do campeonato, no Japão, até 31 de dezembro, como manda agora o regulamento, a Toyota irá trabalhar duro nesse período. A proibição não a atinge, por não estar disputando ainda o Mundial. Os japoneses estão construindo em Colônia, na Alemanha, onde funcionava a base de operações do seu time que venceu vários mundiais de rali, uma super-sede para a sua equipe de Fórmula 1.

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