Publicidade

Toyota mostra força em lançamento

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Não há registro na história da Fórmula 1 de uma equipe que apresente seu carro para estrear no Mundial apenas da temporada seguinte e ainda conte com a presença no evento de Bernie Ecclestone, o promotor do campeonato, e Max Mosley, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Pois foi o que conseguiu a Toyota, nesta sexta-feira, no lançamento do seu modelo-laboratório no circuito de Paul Ricard, no sul da França. A montadora japonesa estreará com força total no Mundial de 2002. "É a primeira vez na era moderna que uma empresa decide participar da Fórmula 1 construindo tudo por conta própria", afirmou Mosley. A maior fabricante de automóveis do mundo, ao lado da General Motors, a Toyota, começou preparar-se para estrear na Fórmula 1 no GP da Austrália da próxima temporada. Os japoneses já investiram alto na construção de sua fábrica em Colônia, na Alemanha, de onde sairão os chassis, motores e câmbios de seu projeto de Fórmula 1. O sueco Ove Anderson, presidente da Toyota Motorsport, reconheceu que, apesar de todos os recursos a sua disposição, o desafio da empresa não é pequeno. "Queremos ganhar o respeito de todos. Nosso objetivo inicial é nos classificarmos para a disputa da primeira corrida". A coordenação técnica do modelo da Toyota é de Andre De Cortanze, engenheiro francês com larga experiência na Fórmula 1, nas equipes Ligier e Sauber, enquanto a responsabilidade pelo desenho do chassi ficou a cargo de Jean Claude Martens, este sem muita vivência na competição. Norbert Kreyern e Luca Marmorini projetaram o motor V-10 japonês. A montadora não contratou nenhum grande nome da engenharia da Fórmula 1 para a sua equipe. Mika Salo, ex-Tyrrell, Sauber, BAR e Ferrari e o escocês Alan McNish farão todos os testes programados este ano. Salo já está confirmado como titular em 2002. Com a Toyota, o limite de 24 carros no grid imposto pela FIA foi atingido. A partir de agora, quem desejar entrar na Fórmula 1 terá, necessariamente, de adquirir ou associar-se a uma equipe já existente, o que supervalorizou essas organizações.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.