PARIS - O Tribunal de Grandes Instâncias de Paris validou hoje as mudanças de regulamento introduzidas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) na Fórmula 1, indo de encontro à postura da Ferrari, que tinha pedido sua anulação.
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O juiz responsável pelo caso recusou a solicitação da escuderia italiana ao considerar que esta não é competente sobre o fundo do assunto, que deve ser tratado por instâncias de arbitragem internacional, segundo fontes judiciais.
Ferrari pediu que o magistrado atuasse em caráter de urgência, mas o juiz indicou que "não há nenhum dano iminente a prevenir, nem mudança manifestamente lícita que seja necessário pôr fim".
A escuderia reivindicou a anulação do o novo regulamento da F-1 idealizado pela FIA ao considerar que não pode exercer seu direito a veto contra o mesmo, como estabelece o Pacto de Concórdia, que rege a categoria.
Segundo o magistrado, a Ferrari teve tempo de exercer seu direito de veto no Conselho Mundial da FIA, algo que a escuderia não fez.
O juiz se declara incompetente para estabelecer se era válido o momento no qual a Ferrari quis impor seu veto, algo que, de acordo com ele, deve ser feito por outras instâncias.
A escuderia italiana decidiu recorrer à Justiça francesa após não chegar a um acordo com a FIA sobre a reforma do regulamento da F-1 para 2010.
O principal ponto de discordâncias se refere à intenção da FIA de limitar o orçamento de cada equipe a 45 milhões de euros, sem contar as despesas de patrocínio e o salário dos pilotos, a partir do ano que vem.
A Ferrari ameaça não se inscrever para o Mundial de F-1 de 2010 caso a FIA não flexibilize o calendário para introduzir essa limitação orçamentária, no que foi seguida por Renault, Toyota, Red Bull e Toro Rosso.
O presidente da FIA, Max Mosley, pretende introduzir as limitações orçamentárias a partir do próximo ano para facilitar a entrada de novas escuderias na F-1. Alguns dos nomes cotados para se juntar à categoria são Lola e USF1, entre outros.
Atualizado às 10h04 para acréscimo de informações