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Tudo calmo em Interlagos, diz diretor

Segundo Carlos Montagner, os problemas das provas anteriores não ocorreram e está tudo pronto para a aprovação do delegado de segurança da F-1.

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor de prova do 31º GP do Brasil, Carlos Montagner, que há 28 anos trabalha no evento, disse, nesta segunda-feira, em Interlagos, que "em comparação com as edições anteriores da prova, tudo está bem mais calmo este ano". Os problemas, quase sempre graves dias antes da corrida, desta vez não têm se manifestado. "As obras começaram um pouco antes e as equipes encontraram o autódromo já quase pronto para a prova." O delegado de segurança da Fórmula 1, Charlie Whiting, chega nesta terça-feira a São Paulo, junto da maioria dos pilotos estrangeiros e integrantes das 11 equipes inscritas na terceira etapa do Mundial. Os três pilotos brasileiros, Rubens Barrichello, da Ferrari, Felipe Massa, da Sauber, e Enrique Bernoldi, da Arrows, dão uma entrevista coletiva no Hotel Transamérica, quartel-general da F-1 em São Paulo. Quando Whiting começar a percorrer a área de 1 milhão de metros quadrados do autódromo, notará que, ao contrário dos últimos anos, o número de funcionários trabalhando para a conclusão dos trabalhos na pista é bem menor. Sinal de que está quase tudo pronto. "Nosso maior inconveniente de última hora este ano foi resolvido sexta-feira", explicou Montagner. "Um guindaste da empresa Mills estava na pista, montando uma arquibancada, e causou o maior estrago no asfalto." O diretor de prova contou que a empresa responsável pelo criticado asfalto do circuito, S.A. Paulista, teve de refazer uma faixa que cortava o traçado de lado a lado, na altura da curva do Café, no início da Reta dos Boxes. "Isolei, por precaução, a parte por onde passam os carros de Fórmula 1 para melhor cura do asfalto." A substituição das caixas de brita por asfalto, a grande novidade do GP do Brasil para a Fórmula 1, é bem vista por Montagner. "Achei que, de modo geral, ficou muito bom o que foi feito aqui." Ele acredita que os pilotos irão gostar. O experiente comissário técnico Lourival Caetano Dias Júnior, prevê, no entanto, que alguns pilotos transformarão a área de escape asfaltada em pista. "Na Fórmula 1 não estou seguro, mas nas outras categorias, as nacionais, por exemplo, não tenho dúvidas de que os pilotos não irão pensar duas vezes, agora, para dar um chega prá lá no adversário", disse o comissário. ?A possibilidade de o piloto regressar à competição, por não atolar na brita, tornará as corridas mais dinâmicas.? A maior modificação fora da pista em Interlagos, este ano, ocorreu no centro médico. "Ele foi integralmente refeito", diz o diretor de prova. "A obra atendeu a todas as exigências da arquitetura hospitalar moderna", explica. Cantos arredondados, visando maior higiene, e uma divisão interna dos ambientes bem mais funcional são exemplos do trabalho realizado no centro médico, sob os cuidados do Hospital São Luiz. A organização da prova e os administradores do autódromo estão tendo excelentes oportunidades de verificar a drenagem da pista. Nesta segunda-feira não choveu na área de Interlagos, mas domingo caiu uma tromba d´água sobre o circuito. Nesta terça-feira Montagner disse o que acontecerá se chover como no domingo: "Bandeira vermelha na certa." Ele quis dizer que a corrida será interrompida por falta de tudo, visibilidade e condições de tráfego. A topografia de Interlagos, com aclives e declives acentuados, favorece a formação de enxurradas que, por sua vez, são as maiores responsáveis pela aquaplanagem dos carros. A captação pluvial insuficiente da pista também ajuda a piorar a situação.

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