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Um recorde que Schumacher não conseguirá

Por Agencia Estado
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Ao menos esse recorde será difícil para Michael Schumacher superar: o de número de GPs disputados. O alemão chegou ontem à marca dos 201, em Mônaco, mas mesmo que cumpra o contrato com a Ferrari até o fim, ao término da temporada de 2006, não alcançará o primeiro nesse ranking, o italiano Riccardo Patrese, com 256 GPs. Se em 2005 e 2006 o Mundial tiver 18 etapas, Schumacher atingirá 249 GPs. ?É bom que seja assim mesmo para que eu possa ser primeiro em alguma coisa. E se por ventura ele me ultrapassar, alugo um carro a fim de disputar uma corrida e ultrapassá-lo de novo?, diz Patrese, hoje com 50 anos. Patrese já foi companheiro de equipe do alemão, na Benetton, em 1993, seu último campeonato na Fórmula 1. ?Ele é muito competente?, diz a respeito de Schumacher. No ano anterior, 1992, Patrese fez seu melhor campeonato, correndo em dupla com Nigel Mansell na Williams. Mansell conquistou o título, Patrese foi o vice, Schumacher o 3º e Senna o 4º. Nos 256 GPs que disputou, de 1977, quando estreou, em Mônaco, ao GP da Austrália de 1993, Patrese ganhou 6 corridas em 16 temporadas e meia. A carreira, como a da maioria dos pilotos, começou também no kart. Em 1974, com 20 anos, ele tornou-se campeão mundial de kart, no circuito de Estoril, em Portugal. Desde o início da carreira na F1, ganhou a fama de um pilotos mais bonitos que passou pelas pistas. Mas casou-se cedo e a mulher nunca deixou de acompanhá-lo. As férias de inverno, desde o início da carreira, não mudaram muito até hoje. Patress sempre encontra alguns dias para passar esquiando na bela Cortina d?Ampezzo, uma das mais conhecidas estações de esqui da Itália. E continua bem informado sobre a Fórmula 1. ?Eu não entendo muito bem a F1 de hoje. Um menino de 20 anos faz 10 corridas na Fórmula Renault e em seguida participa de um GP. Alguma coisa está errada. Ou os carros estão mais fáceis de serem guiados, que é o que acredito, ou já nascem gênios?, critica. Falou mais sobre a F1 de hoje: ?A eletrônica facilitou bastante a vida dos pilotos. Não estou dizendo que tornou a F1 ruim, mas diferente da minha época. Prefiro o tempo em que eu corria. Poucos eram capazes de guiar um carro de F1 e o que vejo hoje é quase qualquer um sentar e sair acelerando.? Mesmo assim, quando pode, assisti às corridas pela TV. ?Vou, às vezes, como em Ímola, aos circuitos, mas é difícil. Em Monza, este ano, estarei lá?, conta o ex-piloto. Atualmente, Patrese não exerce nenhuma atividade profissional. ?Tenho duas filhas gêmeas (Beatrice e Maddalena), que disputam provas de hipismo, salto, Eu gerencio suas carreiras e administro o que ganhei em 16 anos de F1. Claro que acabei por me interessar pelos esportes eqüestres e hoje o pratico também.? Sua filha Beatrice faz parte da equipe nacional da Itália e foi bronze no último campeonato europeu.

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