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Vagas nas equipes grandes agitam mercado

A tricampeã Red Bull, a famosa Ferrari e a ascendente Lotus terão de contratar novos pilotos para 2014

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Por Livio Oricchio
Atualização:

SÃO PAULO - A Fórmula 1 se prepara para a segunda metade do campeonato. O GP da Hungria, dia 28, será o décimo da temporada de 19 etapas. E antes do que normalmente acontece, este ano chefes de equipe e pilotos já negociam visando o Mundial de 2014, quando a competição passará por uma revisão de conceitos técnicos e esportivos. As corridas serão diferentes. Há vagas em aberto em três das quatro principais equipes: a tricampeã Red Bull, a mais famosa do evento, a Ferrari, e a ascendente Lotus, dentre outras.As três semanas entre a última prova, na Alemanha, dia 7, e a de Budapeste, estão sendo providenciais para os contatos entre representantes dos times e empresários de pilotos se aprofundarem. Mas será depois da etapa húngara que tudo deverá se definir, já que a temporada entra em recesso. Até o GP da Bélgica, dia 25 de agosto, a Fórmula 1 vai estar de férias.“É uma hora oportuna para discutir essas questões”, afirmou ao Estado Martin Whitmarsh, diretor da McLaren, que não precisa, agora, pensar em pilotos: Jenson Button e Sergio Perez têm contrato para 2014. É o mesmo caso de Toto Wolff, da Mercedes, com relação a Lewis Hamilton e Nico Rosberg.Christian Horner, diretor da Red Bull, já abriu o jogo: “Os candidatos à vaga de Mark (Webber) são Kimi (Raikkonen), Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne (pilotos da Toro Rosso)”. Um deles será o companheiro de Sebastian Vettel. Webber se aposentará da Fórmula 1 no fim do ano.Na Lotus, Eric Boullier já oficializou que no caso de Raikkonen se transferir para a Red Bull, o escolhido será o alemão Nico Hulkenberg, hoje na Sauber. O dirigente adiantou, também, que o francês Romain Grosjean, apesar do grande desempenho há uma semana, no circuito de Nurburgring, não tem lugar assegurado na Lotus em 2014.Estrategicamente Hulkenberg anunciou, terça-feira, não ter mais compromisso com a Sauber, por não receber salário há dois meses. Permanece na equipe até o fim do campeonato, mas depois nada o impede de sair. Era um recado para Boullier e também Stefano Domenicali, diretor da Ferrari.Curiosamente, as negociações, este ano, têm essa característica: a imprensa e a torcida sabem com quem cada time conversa, o que não quer dizer que não possa haver novidade. Não seria a F-1.O fato de Boullier dizer que Hulkenberg interessa a Lotus pode estar apressando Domenicali decidir o futuro de Felipe Massa. Até o GP de Mônaco, sexto do ano, dia 26 de maio, a dupla da Ferrari estava definida para 2014: Fernando Alonso e Felipe Massa. Ocorre que nas quatro últimas etapas Massa se acidentou, por causa de erros próprios, no momento mais inoportuno possível, deixando em dúvida o seu futuro na escuderia italiana.Como Hulkenberg interessa, agora, a Domenicali, pode ser que a Ferrari ofereça algo mais concreto que a Lotus, que apenas manifestou interesse, como um contrato, e o alemão decida realizar seu sonho de competir pela Ferrari. Outro piloto acompanhado de perto pela direção da Ferrari é o escocês Paul Di Resta, da Force India. Como Hulkenberg, se tiver de sair não necessitará pagar multa contratual.O francês Jules Bianchi, da Marussia, formado na Academia da Ferrari, pela falta de experiência, ainda, não deve concorrer com Hulkenberg e Resta no caso de Massa não ser confirmado. O influente diário esportivo Gazzetta dello Sport e a conceituada revista Autosprint cobram de Domenicali a substituição de Massa no fim da temporada.É provável que a essa altura Nicolas Todt, empresário de Massa, consciente dos riscos de seu piloto perder a vaga na Ferrari, já converse com outros times, como Lotus e Force India, onde não teria de levar, a princípio, patrocinadores. Mas se não renovar com a Ferrari as possibilidades de Massa permanecer na Fórmula 1 em 2014 são pequenas, de acordo com o que se fala nos autódromos.Nessa hipótese a participação brasileira na competição se limitaria à eventual estreia do brasiliense Felipe Nasr, 20 anos, atual vice-líder da GP2. Seu empresário, Steve Robertson, iniciou conversações com várias equipes. O piloto é bem conceituado.

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