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Webber surpreende na estréia na F1

Por Agencia Estado
Atualização:

Enquanto Williams, McLaren e Michelin procuravam ainda compreender ao certo o que teria causado o ?Furacão Ferrari? neste domingo, no GP da Austrália, o australiano Mark Webber pulava em cima do carro da Minardi, que a cada dia se parece menos com a Minardi que nunca conseguiu nada na F-1. Na sua estréia na categoria, Webber, de 25 anos, obteve uma excelente quinta colocação. A torcida fez uma festa de vencedor para ele, com todos os méritos. Os japoneses da Toyota também se emocionaram com o sexto lugar justamente na estréia da montadora na Fórmula 1. São raros os casos de pilotos que já na primeira corrida de F1 marcam pontos. Os últimos três, antes de Webber, o fizeram também em Melbourne: Jacques Villenueve (Williams), em 1996, Pedro de la Rosa (Arrows), em 1999, e Kimi Raikkonen (Sauber), no ano passado. "Eu estava tão emocionado que via as bandeiras da torcida nas arquibancadas e não sabia se a corrida havia terminado. A bandeira quadriculada não aparecia. Foi um alívio vê-la depois", disse Webber, em meio a abraços de dezenas de fãs que buscavam cumprimentá-lo. Webber conseguiu sair ileso do acidente da largada, o que o ajudou muito. "Mas quando perdi tanto tempo no pit stop, porque a tampa do bocal não se abria, fiquei desesperado", confessou o australiano. O sócio majoritário da Minardi também é australiano: Paul Stoddart. "Nem em sonho eu imaginei isso. Terminar a prova com os dois carros já seria motivo de festa para nós", admitiu ele. As duas últimas vezes que a Minardi classificou-se entre os seis primeiros colocados foi em 1999, quando conquistou um ponto, e em 1995, outro ponto obtido. Alguns dos profissionais da Minardi trabalhavam na Prost Grand Prix, que faliu. Um deles é John Walton, chefe da equipe. "Esse resultado é importante para o pessoal da Asiatech (fornecedor do motor da Minardi), na realidade o mesmo grupo que trabalhava no motor Peugeot, sempre muito desprezado por Alain Prost." Outra boa estréia - Gustav Brunner foi contratado pelos japoneses da Toyota, em março do ano passado, para dar novo rumo ao seu projeto de F1. O carro-laboratório, projetado por Andre de Cortanze, era mais lento que um da Fórmula 3000. Brunner obteve êxito: logo na primeira prova na categoria, neste domingo, em Melbourne, a Toyota marcou um ponto. "Eu fiquei emocionado ao ver os mais importantes homens da Toyota, hoje aqui, com o olhos marejados", disse Brunner. "As pessoas não têm idéia do desafio que representa construir uma fábrica, carro, motor, câmbio, tudo por nossa conta", afirmou. "Tudo isso e ver seu carro já na estréia não apresentar nenhum problema em nenhum dos três dias e ainda chegar em sexto. Hoje posso dizer que sou um homem feliz." O ponto veio com o experiente piloto finlandês Mika Salo, 93 GPs disputados (94 com o deste domingo), que confessou depois da prova: "Já quase venci uma corrida, na Alemanha em 1999, mas o ponto mais importante e gostoso da minha carreira foi este de hoje." Agora são 32 pontos na carreira. Tsutomu Tomita, da Toyota, elogiou o grupo de trabalho e disse que a equipe mostrou ter uma boa base para crescer na F-1. Apesar do quarto lugar, Eddie Irvine, da Jaguar, foi claro: "Tivemos sorte, mas ao menos terminamos a corrida. O importante é que temos consciência do enorme trabalho que nos aguarda". O modelo R3 do time da Ford tem problemas de toda natureza, mecânica e aerodinâmica. "Haja vista que Eddie Irvine largou na 19 colocação", lembrou Niki Lauda, diretor geral da Jaguar. "Estamos para inaugurar nosso novo túnel de vento, o que fai redimensionar nossos projetos". Mark Handford, o especialista em aerodinâmica da escuderia, utiliza-se em um túnel de vento na Califórnia, nos Estados Unidos.

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