Williams confirma o seu favoritismo

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Por Agencia Estado
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Conforme todos na Fórmula 1 previam, a Williams-BMW-Michelin conseguiu colocar seus dois pilotos, Juan Pablo Montoya e Ralf Schumacher, na primeira fila do GP da Alemanha, em Hockenheim. E, mais do que isso, os dois estabeleceram considerável margem de diferença, mais de meio segundo, sobre o terceiro no grid, Mika Hakkinen, da McLaren. "Se amanhã (29) esses rapazes mantiverem a mesma velocidade de hoje, eles serão imbatíveis", previu o finlandês. O líder do Mundial, Michael Schumacher, da Ferrari, larga apenas em quarto, e David Coulthard, McLaren, vice-líder, em quinto. Traçado de 6.825 metros dotado de longas retas. Calor sufocante. O que mais Frank Williams, dono da escuderia, Patrick Head, diretor-técnico, Gerhard Berger, diretor da BMW, e Pierre Dupasquier, diretor da Michelin, desejavam? Diante de um cenário tão perfeito para o conjunto FW23-BMW, não poderia acontecer outra coisa, desde que conduzidos por dois competentes pilotos. Montoya conquistou a primeira pole na Fórmula 1 e Ralf, com cara de quem não gostou nada, foi segundo. O colombiano se impôs de tal maneira, para desespero de Ralf, que nem mesmo finalizou sua última volta lançada, a oitava das 12 permitidas. "A equipe me avisou que Ralf havia já cruzado a linha de chegada, não superado o meu tempo e, portanto, entrei para os boxes." Ele deveria melhorar sua marca em dois décimos de segundo pela projeção do tempo. "A não ser que alguma coisa aconteça com a Williams não teremos como enfrentá-la neste circuito", disse de forma clara Hakkinen. "Não há nada o que possamos fazer contra a incrível velocidade deles." Michael Schumacher concordou com Hakkinen. "Minha Ferrari não tem nenhum problema, apenas somos menos velozes que a Williams. Tenho de olhar para a McLaren como nosso adversário aqui em Hockenheim." Para o alemão, não há a menor dúvida: "Parte desse desempenho da Williams se deve à maior eficiência dos seus pneus ao circuito." O time de Montoya e Ralf usa os da marca Michelin. Hoje a Ferrari oficializou que permanecerá com a Bridgestone até o fim de 2004, pondo fim às especulações de que passaria a correr com a Michelin. Agora, tudo indica, a McLaren deve optar pela marca francesa já para a próxima temporada. David Coulthard larga ao lado de Michael Schumacher. A rigor, é o único que, num golpe do acaso, mas daqueles bem ousados, pode ainda ameaçar a conquista do campeonato por parte do alemão, pois está 37 pontos atrás e ainda estão em jogo 60. Ele aposta na resistência do seu carro para classificar-se na frente do concorrente. Curiosamente, foi o mesmo argumento usado por Michael para retirar da Williams um pouco da sua força amanhã, durante as desgastantes 45 voltas da corrida. "Antes de vencê-las é preciso pensar em concluí-las", afirmou. Das 11 etapas já disputadas, o piloto da Ferrari venceu seis, foi segundo em quatro e abandonou apenas uma, em Ímola. No final da sessão de classificação, a temperatura era de 32 graus. Rubens Barrichello é o sexto no grid. "Não encontrei um bom ajuste para o carro, mas a posição de largada aqui não é essencial. Ano passado larguei em 18º e venci." Ricardo Zonta, da Jordan, não conseguiu uma única volta limpa no treino de classificação e sai em 15º, enquanto Luciano Burti, Prost, é o 16º, Enrique Bernoldi, Arrows, o 19º, e Tarso Marques, Minardi, o 22º. A TV Globo transmite ao vivo o GP da Alemanha, 12ª etapa do campeonato, a partir das 9 horas.

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