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Williams dá sinais de que pode reagir

No treino de hoje, a equipe inglesa ficou a um milésimo de segundo da Ferrari. A pré-classificação, amanhã, começa às 7 horas e a classificação, às 8 (de Brasília).

Por Agencia Estado
Atualização:

Pode ser que amanhã, na sessão que definirá o grid da terceira etapa do Mundial, o GP de Bahrein, a Ferrari mostre toda sua força de novo, mas ao menos hoje a Williams deu sinais de que pode lutar pela vitória, domingo. Rubens Barrichello, da equipe italiana, foi o mais rápido no primeiro dia de treinos no Circuito de Bahrein, com 1min31s450, mas Juan Pablo Montoya, da Williams, ficou a apenas um milésimo de segundo. O líder do campeonato, Michael Schumacher, da Ferrari, registrou o quarto tempo. A maioria dos pilotos reviu seu conceito a respeito do novo traçado: "Andando com um carro de Fórmula 1 a pista é bem mais interessante do que parecia a pé", comentou Rubinho. A primeira lição obtida pelos pilotos hoje foi: "Será muito fácil errar durante as 56 voltas da prova, domingo. O asfalto é bastante liso, o nível de aderência muito reduzido", afirmou Schumacher. Rubinho acredita que os vários pontos de ultrapassagem do traçado de 5.411 metros se tornarão pouco úteis até a pista ganhar mais borracha no asfalto, conferindo-lhe maior aderência. "Se você colocar o carro ao lado do adversário para passá-lo, estará na parte suja, fora da trajetória normal, e acabará rodando", disse. Tanto Schumacher quanto Rubinho explicaram, contudo, que a sujeira na pista não é areia. "Essa é uma característica dos circuitos novos", falou o alemão, que pode obter, amanhã, a 58.ª pole da carreira, aproximando-se ainda mais do recorde absoluto de Ayrton Senna, com 65. Apesar de a Ferrari ter protestado, com fundamentadas razões, contra o fato de a Williams ter já completado 25 voltas na pista, na inauguração do circuito barenita, mês passado, hoje circulou a informação de que a responsável pelo asfalto em Bahrein foi a Shell, parceira técnica da Ferrari. Jean Todt, diretor-esportivo do time de Maranello, acabou confirmando o que se falava: "A Shell utilizou o mesmo asfalto que temos na nossa pista de testes em Fiorano." E a Bridgestone, fornecedora de pneus da Ferrari, tem todas as referências desse asfalto. Na edição do GP de Bahrein de 2005, quando esse asfalto estiver já com algum uso, a vantagem da Bridgestone será importante. Cada equipe procura tirar proveito das situações de alguma forma nesse universo ultracompetitivo da Fórmula 1. Quem não escondia a motivação, hoje, era Montoya. "Não começamos os outros dois GPs deste ano com o carro tão bem e os pneus demonstrando tanta constância como aqui. Prevejo um fim de semana bem diferente dos anteriores para nós." E pode mesmo ser que por se tratar de um circuito novo, as equipes não disporem de maiores dados sobre o comportamento do carro, crie maior competitividade entre elas. Hoje foi o que aconteceu. Da marca de Rubinho para a de Ricardo Zonta, terceiro piloto da Toyota, décimo, a diferença não passou de 8 décimos de segundo. Se a Williams teve o que animá-la, a McLaren colecionou outra decepção. Kimi Raikkonen, o vice-campeão do ano passado, teve o motor Mercedes quebrado ainda na segunda volta da sessão da tarde. "Um vazamento de gasolina com princípio de fogo comprometeu nosso motor." Ele já somará dez posições na colocação conquistada amanhã na definição do grid. Se não for bem, certamente trocará de motor de novo para largar em último. A temperatura esperada para a corrida, domingo, não é diferente da de hoje, 32 graus no ambiente e 52 no asfalto, mas com umidade máxima de 25%, diferente dos cerca de 75% da Malásia, que submetia todos a enorme desgaste. A pré-classificação, amanhã, começará às 7 horas (horário de Brasília) e a classificação, às 8. O companheiro de Raikkonen, David Coulthard, 11.º hoje, foi um dos três pilotos da Michelin que tiveram um pneu traseiro estourado. Os outros dois foram Fernando Alonso, da Renault, nono, e Anthony Davidson, terceiro piloto da BAR, terceiro. A Michelin investigou o ocorrido e concluiu: "Foram duas grelhas de drenagem, colocadas acima do nível do asfalto, que provocaram os acidentes." No treino livre de hoje Cristiano da Matta, da Toyota, ficou em 14.º e Felipe Massa, Sauber, 15.º, os dois na frente de seus companheiros.

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