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Williams faz grandes concessões em acordo da F1

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Por ALAN BALDWIN
Atualização:

A Williams fez concessões significativas para garantir que as equipes possam assinar um acordo que assegure o futuro da Fórmula 1, disse Adam Parr, chefe executivo do time, neste sábado. Parr disse à Reuters que ele, o chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, e Flavio Briatore, da Renault, se encontraram com Bernie Ecclestone, o chefão da Fórmula 1, na sexta feira, no Grande Prêmio da Hungria, para resolver o impasse sobre a implementação de medidas que regulamentam o corte de gastos na categoria. "Ficou claro que não estamos em um beco sem saída. Nós fizemos algumas concessões bem significativas e eles também fizeram as deles," disse. "No que me diz respeito, há acordo em todos os pontos importantes discutidos". A Federação Internacional de Automobilismo, entidade que comanda a categoria, disse nesta sexta-feira, no Grande Prêmio da Hungria, que um novo "Pacto de Concórdia" deverá estar pronto para ser assinado já no fim da próxima semana. Parr disse que não ver razão por que isso não poderia ser feito antes. O Pacto de Concórdia é um dos três assuntos que precisam ser resolvidos para assegurar a estabilidade da categoria até pelo menos o fim de 2012. Os outros dois são o regulamento de 2010 --que faz parte do Pacto de Concórdia-- e um acordo em separado entre as equipes para reduzir os custos da categoria para o nível em que estavam no fim dos anos 1990 até o fim de 2011. TODOS FELIZES "Até onde eu sei, todos estão felizes com a Concórdia, todos estão felizes com o regulamento e agora eu acredito que as últimas peças do quebra-cabeças sobre as questões da redução de custos estão se resolvendo," disse Parr. "Sobre a Concórdia em si, foi tudo muito bem." "Eu tenho que dizer que a FOTA (Associação das Equipes de Fórmula 1) tomou a frente para resolver estes assuntos, e fez um trabalho muito bom em conjunto com a FIA e a FOM (que detém os direitos comerciais da categoria)." "Nossa posição é a de que estamos prontos para assinar e deixamos isso claro. E isso inclui o regulamento", acrescentou Parr, cuja equipe estava suspensa da FOTA desde que quebrou o acordo com as outras escuderias e assinou sem reservas o regulamento para o campeonato de 2010. As oito equipes da FOTA, que incluem a campeã Ferrari e todos os times ligados à indústria automobilística, vêm ameaçando deixar a F1 e criar uma categoria à parte. O acordo para a redução de custos foi anunciado no mês passado como substituição ao teto orçamentário apresentado pela FIA e que não foi aceito pelas equipes. "Desde então já formulamos alguns rascunhos entre nós e a FOTA, algumas reuniões para falar sobre os termos deste acordo privado," disse Parr. "Nós nos prendemos em assuntos como processos e governança, mas não em questões sobre as restrições orçamentárias em si," acrescentou. "A grande questão para nós foram as restrições ainda maiores para as atividades aerodinâmicas." A Williams depende primariamente de dois túneis de vento, que deverão ter as horas de uso restringidas no novo regulamento, enquanto as outras equipes se baseiam mais nas simulações feitas por computador. "Quando estávamos na FOTA, ainda em fevereiro, nós concordamos com os dois anos de restrição para testes aerodinâmicos. Isto valeu para os dois últimos anos e precisa de concordância unânime para mudar," disse o executivo da Williams. "Isso foi adiantado na questão de restrição de recursos, o que representa ainda mais limitações, e isso é um assunto preocupante para nós por um bom número de razões." "Tudo isso é bastante irritante para nós, que somos uma das equipes de menor orçamento na Fórmula 1, ter alguém dizendo que nós temos que limitar nossas atividades, sendo que é bastante óbvio o fato de que podemos correr do jeito que corremos e ainda assim gastar muito menos dinheiro," disse Parr. "Fora isso, nós dissemos 'tudo bem'".

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