PUBLICIDADE

Publicidade

Williams lança novo carro e gera polêmica entre escuderias na Fórmula 1

Equipes querem saber se escapamento do grupo inglês é legal. Se for, provavelmente vão copiá-lo

Por Livio Oricchio
Atualização:

BARCELONA - A Fórmula 1 pode estar prestes a enfrentar outra batalha desgastante a respeito da legalidade ou não de uma solução que deve tornar os carros mais rápidos. A Williams lançou o seu modelo FW35-Renault hoje no Circuito da Catalunha, pouco antes do início da segunda série de testes da pré-temporada e, a exemplo da equipe Caterham com o seu modelo CR03-Renault, adotou um direcionador dos gases para a área posterior baixa do carro, onde se encontra o difusor, a fim de melhorar sua eficiência aerodinâmica.O regulamento permite interpretações distintas a esse respeito. Para o diretor da Lotus, James Allison, o recurso da Caterham e agora da Williams contraria a regra. Para o diretor técnico da Williams, Mike Coughlan, sua visão é de que a solução não infringe o estabelecido pela FIA. O delegado da entidade para essas questões técnicas, o inglês Charlie Whiting, está em Barcelona acompanhando os testes.Se Whiting compreender que o recurso é legal, já para a série seguinte e final de treinos da Fórmula 1, também no Circuito da Catalunha, de 28 de fevereiro a 3 de março, várias times vão incorporar direcionadores do fluxo dos gases imediatamente após sua saída dos terminais para a o difusor. Na maioria dos casos deverá representar melhor desempenho.O delegado da FIA pode, também, considerar o recurso ilegal e a polêmica terminar, o que seria bem mais compatível com os interesses da Fórmula 1 atual, vítima da crise econômica mundial. A introdução dos pequenos direcionadores dos gases exigirá reestudar completamente o desenho do conjunto traseiro para explorar seus benefícios. Ou seja, custará caro reconstruir parte dos carros. É de se esperar que até sexta-feira Whiting dê o seu veredicto: legal ou ilegal. O que é certo é que os projetistas das escuderias aguardam com ansiedade a resposta.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.