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Williams: nova demonstração de força

Equipe faze o melhor tempo do dia nos treinos livres deixando os concorrentes muito atrás; na classificação deste sábado, deve confirmar favoritismo.

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Por Agencia Estado
Atualização:

É possível que neste sábado, na sessão que definirá o grid do GP da Itália, em Monza, Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya, a dupla da Williams, não imponha a todos os demais pilotos uma diferença tão grande quanto no GP da Alemanha, mais de meio segundo. Poucos duvidam, porém, que os dois não largarão na primeira fila. Nesta sexta-feira, no treino livre, Ralf já deu uma mostra à concorrência, ao impor 464 milésimos de segundo a Michael Schumacher, da Ferrari, terceiro mais rápido. Montoya ficou em segundo. Circuitos onde a velocidade máxima no fim das retas conta muito, a exemplo de Hockenheim, na Alemanha, e Monza, a Williams não tem adversários. A análise é de Michael Schumacher e Mika Hakkinen, da McLaren, pilotos que juntos somam seis mundiais conquistados. A não ser que haja uma grande surpresa, sempre possível mas no caso pouco provável, Ralf e Montoya irão dominar os treinos de amanhã também. Entre os dois, a equipe percorreu hoje 80 voltas no veloz traçado de 5.793 metros, enquanto o GP terá apenas 53. "Experimentamos várias condições visando a corrida. Hoje vamos nos concentrar em tirar o máximo de velocidade", explicou Patrick Head, diretor-técnico da Williams. Depois dos erros tipo pastelão cometidos pelo time na Bélgica, Gerhard Berger comentou que a hora é de reverter aquela situação. Na terceira largada em Spa, o carro de Ralf ficou no grid com a rodas no ar, sobre calços, porque não houve tempo de os mecânicos o abaixarem. "Temos conjunto para lutar pela pole position", afirmou Ralf, dizendo-se contrário à realização do GP da Itália e dos Estados Unidos em razão do ocorrido nos Estados Unidos. Amanhã é esperada uma elevação da temperatura. Hoje ficou na casa dos 16 graus e, no fim da tarde e à noite, choveu bastante, caindo para 12 graus. Michael Schumacher completou 34 voltas e Rubens Barrichello, quinto tempo, 39. "A impressão de que esta é uma pista para a Williams está se confirmando", falou o brasileiro. Neste sábado os dois terão uma nova versão do motor Ferrari, especial para classificação, a fim de reduzir um pouco a diferença de potência para o BMW da Williams. Michael elogiou os novos pneus Bridgestone. Mika Hakkinen, McLaren, fez o sexto tempo, a 676 milésimos de segundo de Ralf, e David Coulthard, companheiro do finlandês, o sétimo, a 877 milésimos. A quarta marca de Pedro de la Rosa, da Jaguar, deveu-se ao uso de pouca gasolina no tanque. Para que se tenha uma idéia do quanto o peso do carro conta em Monza, cada 10 quilos a mais de combustível implica a elevação do tempo em meio segundo, em média. Com a ausência forçada de Luciano Burti, da Prost, convalescendo do grave acidente sofrido em Spa, e Tarso Marques, substituído na Minardi pelo malaio Alex Yoong, o Brasil tem no GP da Itália apenas dois representantes: Rubens Barrichello, Ferrari, e Enrique Bernoldi, da Arrows. O jovem piloto de Curitiba registrou o 18º tempo.

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