Bicampeão olímpico, Maurício foi incentivado pela geração de prata

Levantador nos títulos de 1992 (Barcelona) e 2004 (Atenas) afirma que começou a praticar o esporte após o sucesso do time de 1984

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Por Diego Salgado
Atualização:

O jovem Maurício tinha 16 anos quando o Brasil conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Passados 30 anos, o ex-levantador da seleção confessa que dormiu durante a final contra os Estados Unidos. Àquela altura, não importava a omissão no jogo decisivo. A brilhante campanha do vôlei do País nos Jogos de 1984 já havia "contaminado" o garoto de vez. 

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"Tudo começou para valer no Mundial de 1982, quando a seleção foi vice-campeão depois de perder para a União Soviética na Argentina", relembra.

E foi mesmo no vôlei que Maurício se encontrou. Antes, chegou a tentar a sorte na natação, além de jogar basquete e futebol também. Após o vice mundial de 1982, o garoto começou a jogar no Clube Fonte São Paulo. Cinco anos depois, já começou a defender a seleção brasileira, até chegar à titularidade absoluta em 1989, aos 21 anos. 

Maurício ajudou o Brasil a conquistar a primeira medalha de ouro em esportes coletivos Foto: Fábio M. Salles/Estadão - 09/08/1992

"A geração de prata me inspirou a seguir no vôlei. Foi a geração que mostrou o vôlei ao Brasil", ressalta o ex-jogador, que conquistou a segunda medalha de ouro nos Jogos de Atenas, em 2004.

Além da inspiração, a geração de prata serviu de exemplo durante a campanha nos Jogos de Barcelona - na ocasião, o vôlei conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil em esportes coletivos. Segundo Maurício, a experiência passada por Amauri nas finais foi fundamental para o jovem time brasileiro, que ainda contava com o talento de Giovane (21 anos), Marcelo Negrão (19 anos), Tande (22 anos), Carlão (27 anos) e Paulão (28 anos).

"Ele deu equilíbrio para nós. Foi importantíssimo para nós controlarmos a ansiedade na reta final", relembra o levantador do time de 1992.

Segundo ele, Amauri tentou explicar ao grupo o peso de uma conquista olímpica, principalmente na semifinal contra os Estados Unidos, quando o Brasil fez 3 a 0 e mostrou-se pronto para a medalha de ouro. "Foi o jogo mais difícil. Eles eram bicampeões olímpicos, o time a ser batido. Quando vencemos, ficamos mais tranquilos, pois uma medalha já estava garantida", ressaltou.

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