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Brasil ganha dos checos no Mundial

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Por Agencia Estado
Atualização:

A seleção brasileira de vôlei masculino começou bem a segunda fase do Campeonato Mundial, disputado na Argentina. Nesta sexta-feira, em Santa Fé, o Brasil venceu com facilidade a República Checa, por 3 sets a 0 (25/20, 25/16 e 25/22). No sábado, às 14h10 (horário de Brasília), o time do técnico Bernardinho irá enfrentar a França e domingo, no mesmo horário, a partida será contra a Holanda. Os dois primeiros colocados do grupo passam para as quartas-de-final. Foi a melhor partida do Brasil até agora no Mundial. Coincidência ou não, a delegação brasileira ganhou um reforço nesta sexta-feira: o psicólogo Gilberto Gaertner, que está há um mês auxiliando o trabalho da comissão técnica. Ele chegou a Santa Fé antes do jogo com os checos - estava com a seleção brasileira de karatê - e conversou com os jogadores no hotel e no vestiário. "O time esteve mais tranqüilo. O Nalbert voltou de fato (o capitão do time só havia começado como titular na última partida, por estar voltando de contusão), deu mais equilíbrio para o time. Fez boas defesas. O Gustavo teve sua melhor partida. O André esteve muito bem no ataque (foi o maior pontuador, com 13 pontos)", elogiou o técnico Bernardinho. "Não fizemos até então grandes partidas. Hoje mostramos nosso jogo. É um jogo arriscado, colocamos pressão no adversário. Sacamos de forma agressiva. Espero que tenha dado o clique." Além da parte técnica, principalmente no saque, Bernardinho estava preocupado com o equilíbrio psicológico dos seus jogadores. Ele havia dito durante a primeira fase do Mundial que os atletas precisavam "jogar uma partida de cada vez", sem pensar no confronto do dia seguinte. Perder a ansiedade e esquecer o rótulo de favorito. "Hoje sacamos bem, nosso ataque foi perfeito, o bloqueio melhorou. Esse é o nosso jogo, o que mostramos durante todo o ano passado (quando o Brasil ganhou todas as competições disputadas, exceto a Copa dos Campeões)", comemorou o meio-de-rede Henrique. O central Gustavo, destaque no bloqueio com 5 pontos e no saque, com 3 aces, revelou que a derrota na primeira fase para os Estados Unidos tinha "abalado" o time. "Ficamos com aquilo engasgado. Prometemos a nós mesmos que não perderíamos mais daquela forma. Acho que agora nos soltamos." No jogo desta sexta-feira, o Brasil marcou 9 pontos de bloqueio, 8 de saque, 38 de ataque e 20 em erros do advesrário. A República Checa - cujo destaque é o técnico argentino Julio Velasco, bicampeão mundial (1990 e 1994) com a Itália - assinalou 4 pontos de bloqueio, 2 de saque, 32 de ataque e 20 em erros. Para o psicólogo Gilberto Gaertner, ainda é preciso trabalho, principalmente com a atenção e concentração, além de otimizar o desempenho dos atletas. "Psicologia não ganha jogo. Estou aqui para somar", afirmou ele, que irá trabalhar meditação e relaxamento com o grupo. Próximo adversário - Brasil e França não jogavam há nove anos. Em 2001, ano em que Bernardinho assumiu o comando da seleção, as duas equipes voltaram se enfrentar. Desde então, foram quatro confrontos: em dois amistosos preparatórios para o Mundial (o Brasil venceu um e perdeu o outro) e outras duas vezes no Torneio Consorzio Mattano di Vallecamonina. No total de 37 jogos, os brasileiros têm 28 vitórias. "A França é perigosa, joga junto há muito tempo", alertou o levantador brasileiro Maurício, ao lembrar da campanha dos franceses na primeira fase do Mundial. Derrotaram as fortes Rússia (3 a 1) e Bulgária (3 a 2) e a Tunísia (3 a 1). "Além do moral alto, os franceses têm boa variação de saque e erram pouco", avaliou Bernardinho, que elogiou o capitão Dominique Daquin. "Joga de forma moderna, tem boa variação no ataque, gosta das largadinhas..."

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