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Com propostas do exterior, Bernardinho diz ser difícil deixar o Brasil

Após entrar para o Hall da Fama do COB, técnico prepara Sesc-RJ para a Superliga feminina de vôlei

Por Daniele Bellini
Atualização:

Mesmo fora do comando da seleção brasileira masculina de vôlei desde 2017, Bernardinho está longe de ter um ritmo menos acelerado. A pouco mais de duas semanas para o início da Superliga 2019/2020, o técnico do time feminino do Sesc-RJ abraça uma série de projetos. "Tem muitas coisas, desde dar aulas até treinar o time do Rio. Dou palestras, faço projetos de coaching para empresas e mentoria para pessoas", disse.

Um dos motivos de ter abdicado da seleção era ter mais tempo para a família e poder desenvolver novas iniciativas. Com trabalhos para o mercado corporativo, o treinador bicampeão olímpico destaca seu foco na formação de pessoas e diz que a vida está corrida agora, indicando ir no caminho oposto do que queria. "Minha história é gente. São atletas corporativos ou atletas de esporte. Gente é o meu propósito", disse ao Estado.

Bernardinhoentrouno Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB) Foto: Gaspar Nóbrega/CBV

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As diversas conquistas pelo mundo como jogador e técnico deixam Bernardinho no radar de times de fora do País. "Estou avaliando alguns convites, mas está difícil deixar o Brasil", comenta. Além do trabalho dentro das quadras, ele ocupa seu tempo como empresário. Bernardinho é dono da Escola de Vôlei Bernardinho, sócio do portal Eduk e da rede de academias Bodytech, além de fundador do Instituto Compartilhar.

No passado recente o treinador já flertou com a política. Mas isso não está em seus planos, pelo menos nesse momento. "Política não, eu ajudo com meus projetos, principalmente as pessoas do bem. Nós temos de acabar com esse mindset de que é um ambiente ruim. Temos de participar de alguma maneira, elegendo corretamente, apoiando, cobrando. Precisamos ter essa responsabilidade", afirma Bernardinho, que esteve cotado para ser candidato ao governo do Rio nas últimas eleições pelo partido Novo.

Na segunda-feira, o ex-técnico da seleção entrou para o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB) durante evento de lançamento da próxima edição da Superliga de vôlei. Participou também da série de homenagens feitas em comemoração aos 35 anos da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles e pelos 15 anos da conquista do ouro na Olimpíada de Atenas, em 2004.

"É um momento de agradecimento, é um privilégio. Então, tenho de continuar fazendo alguma coisa bacana, porque todo privilegiado tem uma responsabilidade proporcional. Continuar trabalhando legal, inspirando gente, formando pessoas, essa é minha missão”, diz.

Bernardinho fará seu primeiro jogo na temporada da Superliga com o Sesc-RJ dia 12 de novembro, contra o Curitiba Vôlei, na capital paranaense. Em 2018, o time carioca foi eliminado nas quartas de final pelo Sesi Vôlei Bauru e ficou fora da decisão pela primeira vez depois de 14 anos. A intenção do comandante é colocar sua equipe novamente no lugar mais alto do pódio da principal competição nacional da modalidade.

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