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Marcelo Negrão de volta à boa fase

Mesmo fora das finais da Superliga, o jogador do Suzano comemora a sua recuperação dentro do vôlei: "Provei para mim mesmo que ainda tenho valor."

Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo com a desclassificação nas quartas-de-final da Superliga Masculina de vôlei e de ter de disputar de quinto ao oitavo lugar na temporada, o Zip.Net/Fenabb/Suzano tem um bom motivo para comemorar: a comissão técnica, liderada por Ricardo Navajas, recuperou o campeão olímpico Marcelo Negrão. Além de estar entre os dez melhores atletas no ranking de pontuadores e de ataque da Superliga, Negrão volta a defender a seleção brasileira após ter ficado de fora do grupo que disputou a Olimpíada de Sydney. "Provei para mim mesmo que ainda tenho valor. Em Suzano, voltei a ter vontade de jogar", afirma o atacante, desafeto do ex-técnico do Brasil, Radamés Lattari. Negrão quer esquecer as desavenças com Lattari e viver nova fase na seleção. "Foi a pior época da minha vida." O atacante recorda-se que pediu dispensa do grupo que disputou a Liga Mundial de 1997 porque não concordava com a mudança de posição, de oposto para ponteiro. Desde então, não vingou mais na seleção. "Fiquei uns dois anos remoendo tudo isso, deprimido mesmo." Além de Negrão, o Suzano teve mais três atletas convocados pelo técnico Bernardinho para a preparação à Liga Mundial: Ricardinho, Rodrigão e Dante. A Ulbra, bicampeã brasileira, derrotou o Suzano por duas vezes no playoff e garantiu vaga na semifinal. Pela segunda temporada, o time de Navajas não disputará medalha. No último torneio, ficou em sexto. "Perdi o título da Superliga, mas o vôlei ganhou o Negrão de novo", afirma Navajas, o técnico mais vitorioso da última década. Foi campeão em 1992/93, 1993/94 e 1996/97. Nas temporadas 1994/95, 1995/96 e 1998/99 foi vice e em 1997/98, terceiro colocado. Negrão conta que, mesmo fora da final da Superliga, se sente vitorioso. Foi capitão pela primeira vez na carreira. Aprendeu a dar o exemplo, conversar mais com os novatos e entrar 100% concentrado nos treinos e jogos. "Tinha esquecido como é bom bater forte na bola, fazer pontos e errar pouco." Negrão brinca que, depois de trabalhar com o nervosinho Navajas, vai ficar fácil conviver com Bernardinho na seleção. "Foi um bom treinamento."

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