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Motta continua no comando da seleção

Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo após desentendimentos entre as atletas e a comissão técnica da seleção feminina, o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, garantiu a permanência do técnico Marco Aurélio Motta no comando da equipe até a Olimpíada de Atenas, em 2004. De acordo com o dirigente, o "problema" já está resolvido. "A divergência era principalmente sobre concepções de treinamento. Atletas e comissão técnica conversaram e se entenderam", declarou Graça, negando assim que teria diminuído a vigência do contrato do treinador para 2002, quando será disputado o Mundial, na Alemanha. "O problema é exclusivamente técnico e não tenho nada a ver com isso." Ary acredita que é natural existir divergências no início de um novo trabalho. "O Motta está implementando uma nova filosofia, que visa dar mais responsabilidade para as jogadoras e elas devem estar estranhando." O assistente técnico da seleção, Luizomar de Moura, explicou que esses desentendimentos estão servindo para o crescimento do grupo. "Queremos que elas tomem a iniciativa de decidir", contou. Segundo ele, alguns desencontros aconteceram, mas foram resolvidos com reuniões internas. "Estão colocando as coisas em um plano de crise e não em uma situação a ser bem resolvida", afirmou Motta, nesta quarta-feira, durante o lançamento do Centro de Desenvolvimento Vôlei Brasil, em Saquarema, região dos Lagos, no Rio de Janeiro. "Elas perderam um referencial importante, que era o técnico Bernardinho, e é natural que episódios desse tipo ocorram", observou Motta. Na terça-feira, a atacante Érika revelou à Agência Estado que as atletas estão "assustadas" e com dificuldades em "criar vínculos, trocar idéias" com a nova comissão técnica, responsável por substituir Bernardinho. A principal queixa do grupo de jogadoras descontentes com Motta é a de que seu trabalho tem exigido muito menos do que o realizado por Bernardinho. O treinador da seleção feminina deixou claro não querer uma equipe "teleguiada". A extinção desta característica nas atletas difere, em muito, da linha de trabalho adotada pelo antigo treinador, que determinava todos os passos das jogadoras. Pressionada, Érika negou nesta quarta-feira que tivesse dado as declarações à Agência Estado. Afirmou nem ter conversado com a repórter. Depois, voltou atrás e admitiu a entrevista.

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