O técnico Ricardo Navajas viajou nesta quinta-feira para a Venezuela para uma reunião com os dirigentes do Comitê Olímpico, da Federação de Vôlei e do Ministério dos Esportes do país, a fim de definir seu futuro à frente da seleção masculina de vôlei, que disputará neste ano a Liga Mundial e a Olimpíada de Pequim. Navajas, que classificou a seleção venezuelana para sua primeira participação olímpica, disse ter ficado surpreso com as notícias divulgadas na quarta-feira de que o argentino Javier Weber vai assumir o comando da seleção, e que ele teria sido afastado por falta de acerto financeiro e por causa de seus métodos de trabalho. "Falaram que eu teria de ir lá para resolver problemas de contrato e estou indo", informou, antes de embarcar. O treinador afirmou ainda que não entendeu as declarações atribuídas à presidente da Federação Venezuelana de Vôlei, Judith Rodríguez, de que ofendia e xingava os atletas, além de ameaçar agredi-los. "Não sou louco! Tenho só 1,80 metro, imagina se vou agredir um jogador", afirmou o técnico, que sempre foi conhecido no Brasil por seu jeito durão com os atletas. "Sou rígido e disciplinador, mas qual é o técnico bom que não é assim?", questionou.