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Novatas dominam seleção de vôlei

Após a oficialização da dispensa de Fofão, Virna, Érika, Raquel e Walewska e do corte de Elisângela, o grupo atual de Marco Aurélio é formado por atletas desconhecidas do público.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Quem restou na seleção brasileira feminina de vôlei? Após a oficialização dos pedidos de dispensa da levantadora Fofão e das atacantes Virna, Érika, Raquel e Walewska e do corte, por indisciplina, da ponteira Elisângela, o grupo atual, sob comando do técnico Marco Aurélio Motta, é formado por atletas novatas e desconhecidas do público. Em relação à Olimpíada de Sydney, em 2000, o Brasil só conta com a meio-de-rede Karin Rodrigues, que era reserva naquela competição. Arlene, também central, é a atleta mais velha, mas, aos 33 anos, defende o Brasil pela primeira vez e como líbero - foi posta na posição este ano, pelo técnico José Roberto Guimarães, no BCN/Osasco. Esta é a pior crise da seleção feminina desde a época de Wadson Lima. Em 1993, por problemas de relacionamento - exatamente o que ocorre hoje com Marco Aurélio -, Wadson caiu por pressão das principais jogadoras: Ana Moser, Ana Lúcia, Ana Richa, Cilene e Tina. Foi quando Bernardo Rezende, o Bernardinho, assumiu o comando da equipe e, além dos diversos pódios conquistados, lançou no cenário internacional Érika, Raquel, Elisângela e Walewska, as ?rebeladas? de hoje. Marco Aurélio é o técnico desde 2001 e, apesar do boicote das jogadoras, foi confirmado no cargo até o fim de 2004 pela Confederação Brasileira de Vôlei. Teve péssima temporada de estréia - ficou em quinto lugar no último Grand Prix - e logo na primeira competição deste ano amargou outro quinto lugar, na Montreux Volley Masters, disputada na Suíça, no início do mês. Além de Karin (jogou no time de Campos, na última Superliga) e Arlene (atuou no BCN/Osasco), a seleção de hoje conta com a líbero Fabi (Campos), as levantadoras Fabiana Berto (Rexona) e Marcelle (BCN), as meios-de-rede Valeskinha (BCN), Kátia Rodrigues (Pinheiros) e Marina (MRV/Minas), e as ponteiras Alê (São Caetano), Luciana (Pinheiros), Jaqueline (BCN) e Paula Pequeno (BCN). Marina, do campeão MRV/Minas, foi considerada a melhor bloqueadora da Superliga, Arlene ganhou o prêmio de líbero, Kátia foi o destaque no ataque e Paula Pequeno, a revelação. O grupo treina no Rio para o Grand Prix da Ásia, a partir do dia 12, e para o Campeonato Mundial da Alemanha, de 30 de agosto a 15 de setembro. Das 12 meninas, 7 foram convocadas pela primeira vez para a Montreux Volley Masters. Fabi, Jaqueline, Marcelle e Fabiana Berto foram chamadas por Marco Aurélio no ano passado. As ponteiras Jaqueline e Paula Pequeno foram campeãs mundiais juvenis na República Dominicana, em 2000. Sem as principais estrelas, Jaqueline, destaque da Montreux, que assume o posto de titular, diz não estar assustada com a responsabilidade que terá no comando do ataque. "Sinto que estou amadurecendo a cada dia. Vou continuar me dedicando bastante para fazer mais um bom campeonato. É um desafio que motiva", afirma a jogadora, que em menos de um mês conquistou o título mundial juvenil e o de melhor jogadora da competição, garantiu vaga de titular no BCN/Osasco e foi convocada para a seleção adulta. Tudo isso em 2001 e aos 17 anos. Esta não é, na verdade, a equipe que disputará o Grand Prix da Ásia - não viajará com duas líberos, por exemplo. O técnico Marco Aurélio Motta fará novas convocações durante a semana. O próximo compromisso da seleção é uma série de três amistosos contra a equipe da República Dominicana, dia 21, às 20 horas, em Macaé, e dias 22 e 23 (ambos às 16 horas), em Quissamã, no Rio.

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