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Seleção japonesa de vôlei deve ser punida pela FIVB

Japão leva ao Rio uma equipe reserva para a disputa da fase final da Liga Mundial e pode sofrer sanções

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Por Daniel Brito
Atualização:

Candidato único a saco de pancadas da fase final da Liga Mundial, o Japão deve ser severamente punido pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB). A seleção que estréia nesta quinta-feira contra a Rússia, às 10h, chegou apenas na madrugada de terça para quarta-feira com apenas nove jogadores, sendo dois titulares. De acordo com o regulamento da Liga, o número mínimo de atletas por delegação é exatamente nove, desde que todos tenham participado da fase anterior, de grupos intercontinentais. Terceira colocada na Chave C, da Polônia, a seleção japonesa foi incluída na decisão graças a um wild card (convite). Segundo a FIVB, ele teria sido oferecido a outras equipes, que declinaram por causa da proximidade com os Jogos Olímpicos. Uma delas seria a Itália. De última hora os japoneses concordaram em vir e assumiram a condição de saco de pancadas ao trazer um time B. Ou seja, mesmo antes de jogar contra eles, os russos sabem que estão nas semifinais. "O Japão não era nem para estar aqui. Isso só me prejudica", disse Ary Graça, presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). "Vou exigir à FIVB uma multa ao Japão pelo que eles estão fazendo." O dirigente não nega, apesar de não afirmar abertamente, que os orientais caíram de pára-quedas na etapa decisiva por motivação política. Até domingo a FIVB vai se posicionar sobre o caso. "Para mim seria muito melhor que viesse a Itália ou a Bulgária", opinou. "A Itália pelo marketing. A Bulgária pelo jogo, já que perdemos duas vezes para eles nos últimos dois anos." FORA DA BRIGA Até o técnico brasileiro Bernardinho, que evita desvalorizar os adversários, reconheceu a inferioridade dos japoneses. "Não sei nem o que esperar do Japão. Vamos entrar com cuidado, claro. Vai demorar três ou quatro ataques até a bola cair, mas o Japão, realmente, é carta fora do baralho."

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