Superliga Feminina de Vôlei começa com grande equilíbrio entre as equipes

Torneio feminino começa nesta segunda com seis times candidatos ao título nacional

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Por Luis Filipe Santos
Atualização:
7 min de leitura

Praia Clube, Minas, Sesc/Flamengo, Osasco, Sesi/Bauru, São Paulo/Barueri: todos esses times são citados como times que chegam para brigar forte pelo título da Superliga Feminina de Vôlei. O torneio começa na noite desta segunda-feira com os jogos entre Curitiba e Osasco, às 19h, e Pinheiros e Sesi/Bauru, às 19h30. 

Campeão da temporada 2018-19 (a última a ser finalizada, já que a 2019-20 foi encerrada precocemente por conta da pandemia), o Minas tem no elenco jogadoras como Carol Gattaz, Thaisa e Leia. Vencedor do Super Vôlei, torneio de tiro curto que teve sua primeira edição em 2020, o Praia Clube conta com atletas como Mari Paraíba, Fê Garay, Waleska, a dominicana Brayelin Martínez e a holandesa Anne Bujis. Campeão paulista, o Osasco aposta em Jaqueline, Tandara e Camila Brait. Vice paulista, o Sesi/Bauru tem Mara, Dani Lins e Tifanny como esperanças.

Jogadoras de Osasco e Sesi/Bauru citam o bloqueio como um dos pontos fortes de suas equipes Foto: Wander Roberto / Inovaphoto / CBV

Times com projetos visando o longo prazo, o Sesc/Flamengo e o São Paulo/Barueri apostam principalmente nos técnicos: a equipe carioca conta com Bernardinho no comando, enquanto o time paulista tem Zé Roberto Guimarães e muitas jogadoras promissoras das seleções de base.

“A Superliga tem ficado mais equilibrada e disputada ano a ano. Acredito que todos os times têm condições de fazer um bom papel, mas é claro que as equipes como mais investimento, como Minas, Praia, Flamengo e Bauru estão sempre no topo da lista dos adversários mais perigosos”, considera Camila Brait, do Osasco. Sua colega de time, Tandara, por outro lado, afirma que a responsabilidade maior é do Praia Clube, por ser o time com maior investimento.

“Com todos os adversários tem que tomar um certo cuidado, independente se é o de maior investimento ou o de menor investimento. Mas, pensando na tabela do ano passado, a gente vê o Minas, vê o Praia, o Rio, o Barueri, o Osasco, que são times que tem uma estrutura boa para chegar na final. Mas o cuidado tem que ter com todas”, opina Dani Lins, do Sesi/Bauru.

Tainara é uma das estrelas do Osasco Foto: Wander Roberto / Inovaphoto / CBV

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Apesar da qualidade das equipes adversárias, tanto as jogadoras do Osasco quanto do Bauru tem confiança que as próprias equipes podem brigar pelo título. “Considero o nosso time, humildemente, um dos melhores da liga, um time muito completo, com ataque muito forte, que pode brigar de igual para igual com qualquer outro. Temos todo o cacife para brigar pelo título. Tentamos fazer o simples, o básico bem feito, mas ainda temos a melhorar em alguns detalhes, às vezes ser sutil, saber largar uma bola”, acredita Mara Leão, do Sesi. Dani Lins também destaca o bloqueio como fundamento forte e a energia que a equipe tem em quadra.

“Nosso time vem evoluindo a cada treino e a cada jogo. Mostramos a força do grupo na campanha do título do Campeonato Paulista e Super Vôlei. Temos um bloqueio e um ataque muito forte. E uma defesa que luta muito para recuperar todas as bolas. Acredito que temos margem para evoluir em todos os fundamentos, especialmente no passe e saque”, comenta Tandara, do Osasco. Já Camila Brait acredita a garra  e o ‘coração’ das jogadoras é o que sempre trouxe os títulos para o time, e que isso está presente também nesta temporada.

PANDEMIA

A Superliga Feminina terá as mesmas medidas da masculina: testagens a cada 15 dias, com dez dias de isolamento para os jogadores ou membros da comissão técnica que testarem positivo. Caso uma equipe tenha quatro ou mais jogadoras com testes positivos, terá direito a pedir o adiamento da partida.

“A gente vê o cuidado nos protocolos. Eu mesmo, quando fui assinar a súmula, vi passando álcool na caneta, tem todo esse cuidado e nós também estamos prestando atenção nos treinos, no nosso dia-a-dia, então acho até que virou o normal, uma rotina com a qual estamos habituadas”, relata Dani Lins.Mas, logicamente, a ausência de público sempre faz uma diferença. “É sempre muito bom ter a torcida a favor, mas no momento a gente tem que se adaptar e saber lidar com a situação. Não é uma coisa permanente, já já o público está de volta, mas acho que estamos lidando bem. E acredito que, mesmo de casa vendo pela TV, o público manda as energias do mesmo jeito”, afirma Mara.

Palavras parecidas são ditas pelas jogadoras de Osasco. “A ausência do público não vai afetar performance dos atletas, mas vai fazer falta sentir a emoção daquela torcida que participa, como é o caso de Osasco. Sem eles, não vamos sentir aquele frio na barriga de ouvir os gritos, as músicas e a energia da arquibancada. Isso, com certeza, vai fazer falta. A única coisa bacana que esse isolamento trouxe foi a possibilidade de nos conectarmos pelo digital. O clube fez várias ações desde o início da pandemia”, destaca Tandara, que, assim como Camila Brait, elogia a força dos torcedores da equipe no José Liberatti.

Análise - "Será uma temporada diferente, mais emocionante"

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Por Fabi, bicampeã olímpica e comentarista do Grupo Globo

Os times mineiros conseguiram manter uma constância. O Minas, por exemplo, uma tradicional equipe do vôlei brasileiro, que voltou a conquistar uma Superliga depois de muito tempo, tem se firmado e fez em 2018/2019 uma das principais temporadas da sua história. A equipe manteve uma espinha dorsal, com jogadoras que estão no clube há muito tempo, caso da Carol Gattaz, Macris, Léa, além da Thaísa, que chegou na última temporada e fez uma Superliga extraordinária. O Praia Clube tem um dos grandes elencos, e com a quantidade de jogos que vamos ter, isso pode ser um fator positivo. O Sesc-RJ/Flamengo, ganhou muito com a fusão de um time tradicional do vôlei brasileiro e uma camisa pesada, e ainda trouxe de volta a Lorenne. Temos ainda o Osasco, que conta a volta da Tandara, uma jogadora muito decisiva; e o Sesi-Bauru. Acredito que essas são as cinco equipes que devem brigar pelas primeiras posições. 

Um dos aspectos positivos desta Superliga é que teremos a oportunidade de observar jogadoras jovens. O José Roberto Guimarães, que comanda o São Paulo-Barueri, está com um time bastante interessante, com meninas de muito talento, que fizeram parte da seleção nas categorias de base e podem ser boas surpresas nesta temporada. 

Por causa de todas as questões de segurança, teremos uma temporada diferente, sem a presença da torcida, mas nem por isso menos emocionante. Teremos a oportunidade de ver uma Superliga mais equilibrada. Jogar em Osasco, por exemplo, é sempre difícil, por se tratar de uma torcida apaixonada e muito ativa. Assim como acontece com equipes como Minas, Praia Clube, Bauru e os times cariocas. São times conhecidos pela força do seu torcedor e essa ausência pode trazer um equilíbrio e um tempero a mais para a competição. Já tivemos competições regionais e nacionais na mesma situação e não vi comprometimento técnico. 

Também teremos muitas jogadoras tentando uma nova chance na seleção por conta do adiamento dos Jogos. Cada uma tem um motivo para se superar nesta temporada. Como teremos um ano a menos no ciclo olímpico, teremos a chance observar os novos talentos. Mesmo não brigando pelas primeiras posições, alguns times serão protagonistas de grandes jogos. Vamos ter brigas fracionadas, pelas primeiras posições, na zona intermediária e na zona de manutenção na elite do vôlei. Quem ganha com tudo isso é o torcedor.

Times

  • Sesc/Flamengo

  • São José dos Pinhais

  • Sesi/Bauru

  • Curitiba

  • Fluminense

  • São Caetano EC

  • Minas

  • Brasília

  • Barueri/São Paulo

  • Pinheiros

  • Praia Clube

  • Osasco

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Transmissões no SporTV 2:

09/11/2020 - 21:30 - PINHEIROS X SESI-BAURU - 1ª RODADA

10/11/2020 - 19:00 - SÃO CAETANO X MINAS - 1ª RODADA

10/11/2020 - 21:30 FLAMENGO/SESC-RJ X BRASÍLIA  - 1ª RODADA

13/11/2020 - 19:00 - PRAIA CLUBE X BRASÍLIA - 2ª RODADA

13/11/2020 - 21:30 - OSASCO X FLUMINENSE - 2ª RODADA

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14/11/2020 - 21:30 - FLAMENGO/SESC-RJ X SÃO CAETANO - 2ª RODADA

16/11/2020 - 21:30 - FLUMINENSE X SESI-BAURU - 3ª RODADA

17/11/2020 - 19:00 - SÃO CAETANO X PRAIA CLUBE - 3ª RODADA

17/11/2020 - 21:30 - PINHEIROS X FLAMENGO/SESC-RJ - 3ª RODADA

20/11/2020 - 19:00 - SESI-BAURU X SÃO PAULO/BARUERI - 4ª RODADA

20/11/2020 - 21:30 - MINAS X FLUMINENSE - 4ª RODADA

21/11/2020 - 19:00 - FLAMENGO/SESC-RJ X CURITIBA - 4ª RODADA

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23/11/2020 - 21:30 - SÃO PAULO/BARUERI X MINAS - 5ª RODADA

24/11/2020 - 19:00 - OSASCO X SESI-BAURU - 5ª RODADA

24/11/2020 - 21:30 - FLUMINENSE X FLAMENGO/SESC-RJ- 5ª RODADA

27/11/2020 - 19:00 - FLAMENGO/SESC-RJ X SÃO PAULO/BARUERI - 6ª RODADA

27/11/2020 - 21:30 - MINAS X OSASCO - 6ª RODADA

28/11/2020 - 19:00 - PRAIA CLUBE X FLUMINENSE - 6ª RODADA

01/12/2020 - 19:00 - SÃO PAULO/BARUERI X PRAIA CLUBE - 7ª RODADA

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01/12/2020 - 21:30 - OSASCO X FLAMENGO/SESC-RJ - 7ª RODADA

02/12/2020 - 21:30 - SESI-BAURU X MINAS - 7ª RODADA

04/12/2020 - 19:00 - FLAMENGO/SESC-RJ X SESI-BAURU - 8ª RODADA

04/12/2020 - 21:30 - PRAIA CLUBE X OSASCO - 8ª RODADA

05/12/2020 - 19:00 - SÃO JOSÉ DOS PINHAIS X MINAS - 8ª RODADA

11/12/2020 - 19:00 - SESI-BAURU X PRAIA CLUBE - 10ª RODADA

11/12/2020 - 21:30 - MINAS X FLAMENGO - 9ª RODADA

12/12/2020 - 21:30 - OSASCO X BRASÍLIA - 9ª RODADA

18/12/2020 - 19:00 - SÃO JOSÉ DOS PINHAIS X FLAMENGO - 10ª RODADA

18/12/2020 - 21:30 - PRAIA CLUBE X MINAS - 10ª RODADA

19/12/2020 - 19:00 - SÃO CAETANO X OSASCO - 10ª RODADA

22/12/2020 - 19:00 - SESI-BAURU X SÃO CAETANO - 11ª RODADA

22/12/2020 - 21:30 - FLAMENGO/SESC-RJ X PRAIA CLUBE - 11ª RODADA

23/12/2020 - 19:00 - OSASCO X PINHEIROS - 11ª RODADA