Vôlei do Brasil busca fim do jejum

O último título da seleção masculina foi na Copa América de 99. Na final deste sábado, os brasileiros enfrentam a Itália e podem ser campeões de novo.

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Por Agencia Estado
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Após mais de um ano de jejum de títulos, a seleção brasileira masculina de vôlei chega à uma final com reais chances de sagrar-se campeã. E logo na estréia do técnico Bernardinho. Nesta sexta-feira, o Brasil venceu a Rússia, vice-campeã olímpica, por dramáticos 3 sets a 2 (25/19, 25/19, 24/26, 23/25 e 20/18), em 2h13 de jogo, e vai decidir o título da Liga Mundial neste sábado, às 12h30 de Brasília (com transmissão ao vivo da TV Globo e da SporTV), contra a Itália. Também hoje, os italianos derrotaram a Iugoslávia, medalha de ouro nos Jogos de Sydney, de virada por 3 a 2 (22/25, 19/25, 25/22, 25/22 e 15/12). Russos e iugoslavos disputam a medalha de bronze na preliminar de Brasil x Itália, a partir das 9 horas de sábado. A seleção brasileira, que disputará a terceira final da Liga Mundial, conquistou seu último título, o da Copa América, em 23 de outubro de 1999, em Orlando, derrotando os Estados Unidos por 3 a 1. Na edição da Liga Mundial de 1993 foi campeã com o time que havia brilhado na conquista do ouro na Olimpíada de Barcelona, em 1992. A última decisão da Liga disputada pelo Brasil foi em 1995, justamente contra a Itália, que na época ganhou o seu quinto título da competição. Os italianos já têm oito conquistas nas 12 edições do torneio. O Brasil chega à decisão com a melhor campanha da Liga, obtendo 15 vitórias e apenas uma derrota (para os Estados Unidos, na primeira fase). A Itália acumulou 12 vitórias e quatro derrotas. O ponteiro Nalbert foi o principal destaque brasileiro na semifinal desta sexta-feira. Marcou 21 pontos e esteve decisivo nos momentos de maior pressão para o Brasil. Com o saque muito forçado, a seleção brasileira abriu 2 sets a 0. Na terceira parcial, a Rússia começou a acertar este fundamento e além disso, os altos jogadores russos (média de 2,00 metros) mostraram evolução na defesa, beneficiados pelo bloqueio que amortecia os ataques adversários. "Não ficamos com medo quando eles empataram, porque sabíamos que só dependia da gente vencer", garantiu André, que marcou 20 pontos na partida. Bernardinho, é claro, ficou satisfeito, mas não deixou de fazer suas habituais críticas. "Deveríamos concluir a partida no terceiro set, mas a equipe não jogou tranqüila. O Nalbert, que foi o melhor, teve três oportunidades para acabar com o jogo e não conseguiu porque estava nervoso", analisou o treinador. De acordo com Bernardinho, contra a Itália será muito diferente, "mais racional e menos físico". Ele entende que o Brasil precisa ser mais regular no saque e "ter paciência." O técnico deve manter o mesmo time-base com Maurício, André Nascimento, Nalbert, Giba, Henrique e Gustavo. Escadinha é o líbero. Torcida - A vitória brasileira serviu até de inspiração para os jogadores da seleção de futebol. Enquanto esperavam o vôo para Montevidéu, onde enfrentarão o Uruguai domingo, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, Romário e Antônio Carlos não desgrudavam os olhos da tevê. Vibravam a cada ponto e não se importavam com os chamados para o embarque

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