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Vôlei: joelho adia a festa de Murilo

O ponteiro do Banespa não pôde comemorar o pentacampeonato paulista por causa de uma torção no joelho direito.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ponteiro Murilo Endres, de 20 anos, ainda não pôde comemorar o quinto título paulista conquistado pelo Banespa, na terça-feira, contra o Palmeiras. Principal destaque da segunda partida da final - o Banespa venceu por 3 a 2 (17/25, 25/21, 23/25, 25/15 e 15/11) - Murilo torceu o joelho direito no quinto set. Permaneceu na quadra e marcou os últimos pontos da vitória. Apenas nesta quinta-feira, com o resultado da ressonância magnética, saberá se rompeu o menisco. "Estou muito feliz pelo título, mas não totalmente. Tenho medo de precisar operar", disse o jogador, nesta quarta-feira, logo após os exames. Murilo, que chegou ao time principal depois de passar pela peneira do clube, não saiu com os amigos para comemorar a conquista, a primeira como titular do Banespa. "Sinto muita dor. Não posso esticar nem dobrar a perna e ando de muletas." A temporada de Murilo, irmão de Gustavo, da seleção brasileira e do Ferrara (Itália), está sendo espetacular. Conquistou o título mundial e o sul-americano com a seleção juvenil - na Venezuela, ganhou o prêmio de melhor defesa. "Estou na minha melhor fase. Acho que amadureci muito com a seleção e estou tomando uma posição de mais responsabilidade no clube." Murilo é uma das inúmeras revelações do Banespa, clube que promove a peneira mais tradicional do Brasil. Em 2000, dos 348 candidatos que tentaram a sorte, apenas 12 passaram. Infra-estrutura - Os aprovados são tratados como profissionais desde cedo. Contam com assistência médica, psicológica e dentária, alimentação, moradia, transportes, seguro de vida e contra acidentes, uniformes e educação, além de remuneração para ajuda de custo. O clube investe no vôlei há mais de meio século (52 anos). Só nos últimos 16 anos, forneceu cerca de 40 atletas para as seleções brasileiras infanto e juvenil, além de outros 20 para a adulta. Do time que conquistou a inédita medalha de ouro olímpica, em 1992, em Barcelona, sob o comando de José Roberto Guimarães, 50% dos titulares haviam começado a carreira no clube: Giovane, Marcelo Negrão e Tande. Nesta temporada, o Banespa é responsável por sete atletas que atuaram nas seleções nacionais: Giovane, Rodrigão e Escadinha (adulto), Murilo (juvenil) e Michael, Marcos e Raphael (infanto). Segundo o gerente de Vôlei, José Montanaro, o Banespa chegou ao título paulista convivendo com a ausência de atletas e contusões. Mesmo após a privatização - o banco foi comprado pelo Santander - , o vôlei manteve todas as categorias. O investimento da temporada é de R$ 2,7 milhões - R$ 2 milhões para o time principal.

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