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Organizado, Flamengo ameaça concretizar hegemonia no futebol brasileiro

Principais nomes do elenco têm contrato de longa duração; Gabigol é exceção, eu contrato pertence à Inter de Milão

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Por Matheus Silva Alves
Atualização:

É provável que o título brasileiro de 2019 seja apenas o primeiro de uma série de conquistas do Flamengo nos próximos anos no País. Com dinheiro suficiente para melhorar um elenco que já é bom, o novo campeão nacional tem tudo a seu favor para estabelecer uma hegemonia no futebol brasileiro. Neste ano, o Flamengo investiu bastante em jogadores de alta categoria: Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Filipe Luís, Gerson, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol chegaram ao longo do ano para fazer da equipe a melhor do Brasil. Apenas Gabigol foi adquirido por empréstimo. Todos os demais têm vínculos com o clube.

Alto investimento do Flamengo se transforma em títulos na temporada 2019 Foto: Luka Gonzalez/AFP

A situação de Gabigol preocupa, mas o Flamengo tem dois motivos para estar otimista: os dirigentes afirmam já ter o dinheiro necessário para comprar os direitos econômicos do jogador, basta convencê-lo a ficar; e os cofres do clube estão mais cheios com as conquistas da Libertadores.

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A fase do Flamengo é resultado de um trabalho iniciado em 2013, quando Eduardo Bandeira de Mello assumiu a presidência. Ele e seus companheiros de diretoria dedicaram-se à tarefa de sanear as finanças do clube, até então desorganizado. Não foi por acaso que o dirigente assumiu o cargo pedindo paciência à torcida, pois sabia que seria difícil ganhar títulos durante o processo de reestruturação. Ganhou apenas um, o da Copa do Brasil daquele ano. Os outros ficaram no "cheirinho".

Bandeira de Mello tinha um certo ar folclórico. Entrou para o anedotário do futebol brasileiro quando disse que já sentia o "cheirinho" do título brasileiro de 2016, conquistado pelo Palmeiras. Mas seu trabalho foi eficiente. Tanto que o Flamengo tem hoje uma dívida total que, embora seja alta (na casa dos R$ 450 milhões), está sob controle, com a ajuda do Profut. Os especialistas em finanças do futebol consideram que a situação do Flamengo é saudável.

TIME DA MODA

Eleito para suceder Bandeira de Mello no fim do ano passado, Rodolfo Landim assumiu o clube com R$ 100 milhões para gastar em jogadores, e gastou até mais do que isso. O Flamengo pôde se dar ao luxo de pagar R$ 80 milhões por Arrascaeta, R$ 50 milhões por Gerson e R$ 23 milhões por Bruno Henrique, além de outras contratações menos dispendiosas. Seu investimento foi de quase R$ 200 milhões.

As especulações passaram então a acompanhar o Flamengo. Já há quem fale na possisbilidade da contratação do atacante uruguaio Edinson Cavani, astro que está a ponto de deixar o Paris Saint-Germain, da França. Pode ser apenas um devaneio de uma torcida em êxtase, mas é certo que o Fla se sente em condições de atrair agora grandes atletas, brasileiros ou estrangeiros. O clube não admite nenhuma contratação para 2020.

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