Publicidade

Leeds gasta quase R$ 700 milhões com objetivo de se manter na elite do futebol inglês

Ao ‘Estadão’, presidente do clube detalha estratégias para se firmar na Premier League e o impacto da crise do coronavírus

PUBLICIDADE

Foto do author Rodolfo Mondoni
Por Rodolfo Mondoni
Atualização:

Com a nova gestão do presidente Andrea Radrizzani e sob o comando do técnico argentino Marcelo Bielsa, o Leeds conseguiu o acesso à Premier League, no mesmo ano em que comemorou o centenário de sua fundação e 15 anos depois do rebaixamento. Em sua primeira temporada na elite do futebol inglês, o clube gastou 106 milhões de euros (quase R$ 700 milhões), tornando-se o terceiro em valor de contratações na Inglaterra e o quinto na Europa, atrás apenas de Chelsea, Manchester City, Barcelona e Juventus.

A principal contratação foi do brasileiro naturalizado espanhol Rodrigo Moreno, que trocou o Valencia pelo Leeds por 30 milhões de euros (aproximadamente R$ 200 milhões), tornando-se a transferência mais cara da história do clube. "Rodrigo é um jogador importante, forte, com técnica e experiência. Há seis meses esteve a um passo de assinar pelo Barcelona e agora está com a gente", elogiou Radrizzani, que também é fundador e presidente da Eleven Sports, grupo de transmissões esportivas.

Andrea Radrizzani, presidente do Leeds, comenta sobre planos do clube Foto: Site Oficial / Leeds United

PUBLICIDADE

No último dia da janela de transferências, o Leeds contratou mais um brasileiro, o meia-atacante Raphinha. Revelado pelo Avaí, o jogador saiu do Rennes, da França, para vestir a camisa do Leeds por cerca de 18 milhões de euros, o equivalente a R$ 120 milhões.

"Neste ano, somos os azarões, mas também queremos ser uma equipe difícil de bater", disse Radrizzani, que apesar do investimento evita colocar como metas a classificação para a Liga dos Campeões e até mesmo para a Liga Europa. "Vamos manter os pés no chão. Precisamos fazer os 40 pontos antes de sonhar mais alto."

Além de contratar reforços, uma das estratégias é apostar em jogadores jovens e investir na formação. Os jogadores do Leeds tem uma média de idade de 25 anos, a menor da Premier League, e o clube investiu cerca de 6 milhões de euros em jogadores para o time B. Segundo Radrizzani, o objetivo é continuar a investir em jovens para a base, assim como para o grupo à disposição de Bielsa.

"Para nós é fundamental permanecer na Premier League de forma contínua nos próximos dois, três anos para depois tentar ficar entre os primeiros sete, oito times da tabela. Para isso, temos de investir, mas sempre com muita atenção para equilibrar os gastos e receitas", defende Radrizzani.

Para equilibrar essa balança é preciso enfrentar ainda um obstáculo imprevisível, a crise do coronavírus. “Todos os clubes geraram menos receitas e perderam também. O Leeds perdeu cerca de 40 milhões de euros com a pandemia, mas creio que a Premier League representa no mundo um produto forte e vencedor. Tenho certeza que vai continuar existindo muito interesse por este campeonato”, ressaltou o empresário, que revelou ainda estar à procura por novos negócios no meio do futebol. “Penso, sim, na possibilidade de investir em outros países e clubes. Estamos, neste momento, atentos ao mercado português, italiano e francês. Veremos o que acontece...”, projeta o mandatário.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.