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Conheça os pontos fortes dos possíveis rivais de Santos e Palmeiras na estreia no Mundial

Tigres, do México, e Ulsan, da Coreia do Sul, contam com treinadores experientes e goleadores em grande fase

Por Ciro Campos
Atualização:

Santos ou Palmeiras terão de encarar na semifinal do Mundial de Clubes, no mês que vem, no Catar, um adversário comandado por técnico experiente e liderado por centroavante goleador. A Fifa definiu em sorteio nesta terça-feira que o campeão da Copa Libertadores terá como rival na estreia o vencedor do confronto entre Tigres, do México, e Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul. Os rivais têm algumas características em comum para conseguir surpreendender o representante da América do Sul e chegar à decisão.

O representante asiático e o campeão das Américas Central e do Norte estão garantidos no Mundial desde dezembro, quando ganharam as respectivas competições continentais. As campanhas vitoriosas tiveram como estrelas dois centroavantes artilheiros desses torneios. Pelo lado do Tigres, o francês Gignac foi decisivo. Já pelo time sul-coreano, o destaque foi o brasileiro Junior Negão.

Atacante francês Gignac é o goleador do Tigres, do México Foto: Daniel Becerril/Reuters

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O atacante nascido em Salvador marcou os gols da vitória de virada sobre o Persepolis, do Irã, pela final da Copa Asiática, e fechou 2020 com números bastante positivos. Em 41 jogos, foram 35 gols marcados. Em maio, ele teve a honra de ser até o primeiro autor de um gol depois do recomeço dos campeonatos no mundo após a parada causada pela pandemia. Em 9 de maio, ele marcou e na comemoração, exibiu na camisa um recado de "Força, Brasil".

A equipe representa a cidade de Ulsan, escolhida como base da seleção brasileira durante a Copa de 2002. O elenco é formado na maioria por jogadores locais. Alguns deles têm passagem pela seleção. Porém, o grande nome sul-coreano do time está no banco de reservas. Logo depois de ser campeão continental, o clube anunciou a contratação do técnico Hong Myung-Bo. Ídolo do futebol local, o ex-zagueiro disputou quatro Mundiais e foi o capitão da Coreia do Sul na campanha de semifinalista na Copa de 2002.

Ulsan se tornou campeão asiático ao ganhar na final do Persepolis, do Irã Foto: Ibraheem Al Omari/Reuters

O Ulsan não entra em campo justamente desde a final da Copa Asiática, em 19 de dezembro. O elenco ganhou férias e só tem o próximo compromisso justamente em 4 de fevereiro, data da estreia no Mundial de Clubes. O Tigres vai para essa partida com bem menos tempo de descanso. A equipe tem atuado regularmente pelo Campeonato Mexicano e deve ter um compromisso diante do Necaxa apenas seis dias antes de encontrar o time sul-coreano.

O time da cidade de Monterrey, nordeste do país, é comandado por um brasileiro. O técnico Ricardo Ferretti, de 66 anos, vive desde a década 1970 no México e há mais de dez anos está no clube. Ferretti levou o time ao vice-campeonato da Libertadores de 2015 e agora conseguiu a inédita conquista da Liga dos Campeões da Concacaf. O elenco mescla jogadores com passagem pela seleção mexicana com sul-americanos e até um europeu.

Ulsan, da Coreia do Sul, é treinado pelo ex-zagueiro Hong Myung-Bo Foto: Ivan Alvarado/Reuters

O francês André-Pierre Gignac trocou o Olympique de Marselha pela equipe mexicana em 2015 graças aos investimentos dos donos do Tigre: a Universidade Autônoma de Nuevo León e a Cemex, multinacional fabricante de cimento. O jogador foi o artilheiro da Liga dos Campeões da Concacaf com seis gols, um deles na final contra o Los Angeles. Na atual temporada do Campeonato Mexicano ele anotou 14 vezes em 21 jogos.

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rasileiro Ricardo Ferretti é o técnico que levou o Tigres ao inédito título da Liga dos Campeões da Concacaf Foto: Daniel Becerril/Reuters

A equipe mexicana conta com um brasileiro entre os titulares. O volante Rafael Carioca, ex-Atlético-MG, está no clube desde 2017. Na companhia dele, dois argentinos com passagem pela seleção: o goleiro Guzmán e o volante Pizarro. Assim como nas demais edições, o Tigre carrega a velha expectativa da torcida de que um dia as equipes mexicanas possam ir além do papel de mero figurante em Mundiais.

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