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Nas mãos deles: Dérbi será tira-teima de heróis da semi

Jailson e Cássio ganham moral com os chefes às vésperas de decidirem o título paulista. Já pensou se for para os pênaltis?

Por Renan Cacioli
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Depois do que fizeram nas semifinais do Campeonato Paulista, Jailson e Cássio chegam à decisão deste domingo, às 16h, no Allianz Parque, carregando boa parcela da confiança que palmeirenses e corintianos depositam na conquista do título. Aos donos da casa, um empate basta. Já os visitantes precisam vencer por, ao menos, um gol de vantagem para levar a disputa para os pênaltis. Cenário propício para os dois goleiros confirmarem a fama de heróis.

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Moral com os respectivos chefes não lhes falta. Após defender dois pênaltis na segunda semi contra o Santos e passar ileso pelo confronto de ida da final, em Itaquera, quando o Palmeiras bateu o Corinthians por 1 a 0, Jailson, de 36 anos, é uma das principais armas de Roger Machado, que não se cansou de elogiar seu atleta às vésperas da finalíssima. Para isso, o treinador citou na sexta-feira, durante sua entrevista coletiva, uma passagem ocorrida ainda durante a pré-temporada.

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“A avaliação técnica com os dois preparadores teve como resposta que tínhamos três goleiros de alto nível e com características diferentes. A opção foi pelo dia a dia. É só a gente lembrar o primeiro amistoso do ano (contra o Atibaia). Foram três tempos de 30 minutos. No primeiro tempo, jogou o Weverton. No segundo, o Prass, e, por último, o Jailson’’, recordou Roger. “Nesses movimentos, a gente vê como o terceiro goleiro vai reagir entrando no jogo, se vai manter a conduta e como o antigo titular vai se comportar. No dia seguinte, fico olhando a postura dele com a medida, se apenas está insatisfeito ou se quer me mandar algum recado. Isso sempre mostra o comprometimento do jogador”, destacou o treinador palmeirense, que já havia admitido durante a semana seu alívio em poder contar com o atleta na grande decisão.

Na terça-feira, Jailson teve sua pena reduzida em julgamento realizado no Pleno do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) paulista. Ele havia pego três jogos de gancho após o clássico da fase de grupos diante do próprio Corinthians, quando recebeu o vermelho por falta dentro da área cometida em Renê Júnior, considerada “jogada violenta” pelo tribunal, e disparou críticas contra a arbitragem depois do apito final. De três partidas, a suspensão caiu para duas (já cumpridas), razão pela qual o goleiro está liberado para entrar em campo neste domingo.

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Do outro lado, caso o Corinthians consiga dar o troco e fique com a taça na casa do rival, o responsável por erguê-la será Cássio, de 30 anos, novamente escolhido pelo técnico Fábio Carille para receber a braçadeira de capitão em uma decisão de campeonato. No ano passado, o comandante fez o mesmo nas partidas que culminaram nos títulos estadual e brasileiro.

“Espero que a gente confirme o título no domingo e eu possa erguer de novo a taça. Dependo muito do meu grupo para que isso aconteça”, declarou o camisa 12, durante a semana.

Assim como Jailson, ele também brilhou na decisão por pênaltis da semi, contra o São Paulo, quando pegou as cobranças de Diego Souza e Liziero.

Além disso, o goleiro ainda vive a expectativa de estar na lista de convocados para a Copa do Mundo da Rússia, que será divulgada no dia 14 de maio, e sabe que uma atuação decisiva na final poderá ser determinante na escolha do técnico Tite. Na última convocação, o corintiano acabou preterido.

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Jornada parecida - Se Cássio chegou ao Corinthians no fim de 2011, vindo do PSV (HOL), e assumiu a titularidade na meta corintiana passadas apenas dez partidas da temporada de 2012, Jailson, contratado junto ao Ceará em outubro de 2014, teve de esperar por quase dois anos na reserva de Fernando Prass até ganhar uma sequência, durante o Brasileiro de 2016.

Há, porém, algumas semelhanças nas trajetórias: os dois esquentavam o banco de suas equipes anteriores. Além disso, eram considerados os terceiros goleiros do elenco quando receberam as chances de serem titulares na nova casa. Para completar, ambos conquistaram taças logo na primeira campanha nesta condição. Cássio levou a Libertadores de 2012 e Jailson ganhou (invicto) o título nacional de 2016.

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