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Queda de rendimento similar à de antecessores pressiona Felipão no Palmeiras

Com 38% de aproveitamento depois da Copa América, treinador sofre para encontrar soluções para o time

Por Ciro Campos
Atualização:

Após ganhar o Campeonato Brasileiro de 2018, atingir mais de 30 rodadas de invencibilidade no torneio e fazer a melhor campanha da fase de grupos da Copa Libertadores, o técnico Luiz Felipe Scolari deixou de ter o mesmo prestígio no Palmeiras. A derrota por 3 a 0 sofrida para o Flamengo, no último domingo, mexeu com o clube e faz o atual treinador campeão brasileiro ter uma queda de rendimento bem parecida à de antecessores.

Depois da parada para a disputa da Copa América, o Palmeiras conquistou só 23% dos pontos disputados no Campeonato Brasileiro e despencou do primeiro para o quinto lugar, com um jogo a menos do que os demais adversários. O mesmo período teve como pontos baixos as eliminações na Copa do Brasil, diante do Inter, e na Copa Libertadores, para o Grêmio, na última semana.

Felipão luta contra a queda de rendimento do Palmeiras Foto: Wilton Junior/Estadão

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Desde a retomada do calendário, o Palmeiras teve um aproveitamento de pontos de 38% nos 13 jogos realizados até agora. Nos dez últimos compromissos, o rendimento foi ainda pior, pois conquistou 36% dos pontos disputados. A diretoria prega calma e prometeu se fechar nesta semana. Todos os treinos serão fechados e com os horários sem serem divulgados, por questão de segurança.

Por enquanto não há movimentação na diretoria para a troca de comando. Felipão continua no cargo nesta terça-feira vai iniciar a preparar o time para o jogo de sábado, contra o Goiás, no Serra Dourada. O elenco recebeu folga nesta segunda e terá dois desfalques para as próximas rodadas. O goleiro Weverton e o zagueiro Gómez viajaram para defender as suas seleções.

Em anos anteriores, o Palmeiras enfrentou quedas parecidas de rendimento durante o meio da temporada. O antecessor de Felipão, Roger Machado, foi demitido em julho de 2018 após ter conquistado apenas 43% dos pontos disputados nos dez últimos compromissos oficiais. Outras sequências negativas também derrubaram nomes como Oswaldo de Oliveira, Marcelo Oliveira e Eduardo Baptista em temporadas anteriores. 

 

Primeiro treinador contratado pelo diretor de futebol Alexandre Mattos, Oswaldo teve bom início em 2015, mas sucumbiu após tropeços nas rodadas iniciais do Campeonato Brasileiro e atuações ruins da equipe. Foram só 14 pontos conquistados nos últimos 30 disputados (46%). O último jogo dele foi a derrota por 2 a 1 para o Figueirense, em Florianópolis. Antes disso, nas dez últimas partidas, o treinador havia somado apenas 36% dos pontos.

O substituto de Oswaldo, Marcelo Oliveira, ganhou a Copa do Brasil, em 2015, mas deixou o cargo em março do ano seguinte, enfraquecido por resultados ruins no Campeonato Paulista e na Copa Libertadores. Cuca foi o escolhido para dirigir o time pelo restante daquela temporada e terminou como campeão brasileiro. Ele pediu demissão ao fim do ano e quem chegou ao cargo foi Eduardo Baptista.

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O treinador ex-Ponte Preta dirigiu o time por 23 jogos, porém encerrou a passagem em maio, com 66% de aproveitamento. O alto índice de rendimento não segurou o treinador principalmente depois de ter acumulado tropeços no Campeonato Paulista, como uma derrota para o Corinthians, pela primeira fase, e a eliminação para a Ponte Preta na semifinal.

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